A Polícia Federal deflagrou, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na manhã desta sexta-feira (25) a Operação Dunamis, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada na prática de roubo e furto a caixas eletrônicos de agências bancárias no Paraná, através do uso de explosivos. Dos 17 mandados de prisão, 16 foram cumpridos e um homem está foragido.
Além dos mandados de prisão, a PF também cumpriu outros 30 mandados de busca e apreensão, com pelo menos oito veículos recolhidos, e sete mandados de condução coercitiva. Entre os presos está o gerente de uma agência do Bradesco de Piên, que teria colocado a quadrilha pra dentro para roubar o dinheiro do cofre.
As investigações começaram no ano passado e, de acordo com a PF, as ações da quadrilha aconteceram em Curitiba, Londrina, Matinhos (litoral do Paraná) e Piên. Apesar disso, os investigados são suspeitos de pelo menos outros 15 ataques em outras localidades.
De acordo com a Polícia Federal, o bando explodiu muitas agências, principalmente da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander e Bradesco. A PF teve apoio das agências, que forneceram imagens das câmeras de segurança e informações importantes para ajudar nas investigações. Eles são suspeitos até de explodir caixas eletrônicos de uma Universidade de Curitiba.
A movimentação da quadrilha era de, pelo menos R$ 2 milhões. “Mas acreditamos que, se conseguimos confirmar que eles agiram nos outros locais que suspeitamos, esse valor sobe para pelo menos R$ 5 milhões”, disse o delegado Rodrigo Morais da Silva.
Muito bem organizada, a quadrilha era sediada no bairro Borda do Campo, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Os homens eram responsáveis pela ação e as mulheres pelo trabalho de logística, guardando armamentos e até com a compra de carros para os ataques. Com a quadrilha, foi apreendida grande quantidade de material para acionar as dinamites.
Dos 11 homens presos, todos tinham passagem pela polícia. Das cinco mulheres, apenas duas teriam ficha criminal suja. O rapaz que está foragido, conforme informou a PF, é um homem que usava tornozeleira eletrônica e quando soube que seria localizado retirou o equipamento. Os envolvidos vão responder pelos crimes de organização criminosa armada, roubo qualificado, furto qualificado, receptação e lavagem de dinheiro.
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