'Fuzilaria'

Suspeito de tráfico é morto com mais de 20 tiros na Vila Torres

A chacina que aconteceu no estacionamento do supermercado Walmart, na Avenida Comendador Franco (das Torres), na quarta-feira, 31 de dezembro, em que pelo menos cinco pessoas perderam a vida, pode estar relacionada com a morte de João José de Oliveira Santos, 42 anos, executado com mais de 20 disparos na Rua Ângelo Ferro, perto do cruzamento das ruas Manoel Martins de Abreu e Baltazar Carrasco dos Reis, na Vila Torres, Prado Velho.

Na tarde de sábado (3), João foi visto chegando de carro na vila e em seguida, três rapazes, pedalando bicicletas, se aproximaram e abriram fogo. Posteriormente, a perícia recolheu perto do corpo da vítima várias cápsulas de pistolas calibre 40, 380 e 9 milímetros.

João era procurado pela polícia desde 2013, por envolvimento com o tráfico de drogas e segundo moradores da vila, estava morando em São José dos Pinhais. Existe suspeita de que a morte dele esteja ligada a “reocupação” da vila, após extermínio de líderes de gangue no supermercado.

A investigação para identificar e prender os autores da chacina continua, mas desde a semana passada, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está encarregada do caso, passa por uma fase de troca de delegados e por isso poucos detalhes foram divulgados. Investigadores se limitaram a informar que as imagens das câmeras de segurança do supermercado foram solicitadas.

O crime

Os tiros aconteceram na tarde de quarta-feira (31), no estacionamento do supermercado. Dois primos, considerados chefes da gangue que comanda a parte de cima da Vila Torres, foram baleados na cabeça enquanto colocavam compras no porta-malas do carro e morreram no local. Um deles tinha deixado a prisão naquele mesmo dia e o outro, cerca de dois meses antes. Os outros três jovens, que seriam membros da mesma quadrilha e que faziam compras junto com os dois primos, também foram baleados e morreram no hospital horas depois.

Sexta vítima

Naquela mesma noite, o Onix preto utilizado pelos atiradores foi visto chegando ao estacionamento do Hospital Cajuru. Alguns homens desceram e deixaram um rapaz de 20 anos na recepção. O jovem estava baleado e morreu logo em seguida. A polícia acredita que ele seja a sexta pessoa morta na chacina, entretanto, o rapaz estaria junto com os atiradores e teria sido vítima de “fogo amigo”.

Na madrugada do dia 1º de janeiro, um rapaz de 25 anos foi assassinado a tiros, dentro da vila, porém, a relação deste crime com a chacina foi descartada pela DHPP.