Covardia

Idosa é morta com um tiro dentro de casa no Ahú

A Rua Alberto Folloni, no bairro Ahú, em Curitiba, foi coberta por um clima de tristeza, revolta e insegurança, na manhã de hoje (29). Uma viúva de 77 anos, que morava sozinha, morreu atingida por um tiro na cabeça durante um assalto ao sobrado dela. Os vizinhos garantem que vivem em constante tensão, temendo serem as próximas vítimas.

Às 8h20, a empregada doméstica que trabalhava para Iara Reis Dalledone abria o portão da residência quando foi rendida por três assaltantes. Muito violentos, os três jovens e baixos, um deles com tatuagens nas mãos, também renderam dona Iara e ordenaram aos gritos que ela indicasse onde havia dinheiro.

A empregada foi mantida na sala e viu quando os assaltantes subiram com a aposentada. Em poucos minutos um disparo foi ouvido, e os três saíram correndo sem levar nada da casa. A porta foi trancada por fora.

A empregada subiu e encontrou dona Iara baleada, caída em um dos quartos. Como não podia sair para pedir socorro aos vizinhos, ela ligou para o Siate e aguardou a chegada do socorro.

A aposentada não resistiu aos ferimentos. De acordo com o perito Ciro Pimenta, do Instituto de Criminalística, o disparo foi perto da boca, a curta distância, e um pouco de pólvora foi encontrada na mão da vítima, indicando que ela encostou na arma na tentativa de se defender. Digitais foram colhidas na casa e serão encaminhadas para perícia.

Algumas notas de dinheiro, provavelmente retiradas de dentro da bolsa de dona Iara, ficaram sobre a cama. Familiares dela conferiram os objetos de valor e confirmaram à polícia que nada foi levado.

Investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos estiveram no local e procuram por imagens do circuito de segurança de empresas próximas à casa em busca de pistas dos assassinos.

Insegurança

Do lado de fora da casa, vizinhos, filhos, netos, sobrinhos e amigos da vítima, aos prantos, bradavam a revolta de ver uma idosa indefesa, querida por todos, morta por jovens assaltantes. Moradores da região contaram que uma lotérica na mesma rua, depois de ser roubada três vezes seguidas, precisou blindar todos os vidros externos.

Sandra Ghignatti, proprietária de uma panificadora da qual dona Iara era cliente, também na Alberto Folloni, afirma que em 20 anos já foi vítima de assaltos doze vezes. Em apenas uma semana foram dois assaltos.

“Graças a Deus os roubos foram rápidos e sem violência, mas nós vivemos na tensão o tempo todo. Só não posso fechar as portas porque é isso que me sustenta. Estamos implorando segurança”, desabafa.

Veja na galeria de fotos o crime.