O protesto seguia pacífico em frente ao Palácio Iguaçu – segundo a Polícia Militar com 10 mil pessoas – até que vândalos começaram a provocar a polícia e soltar rojões. O estopim para que a Tropa de Choque passasse a agir foi quando vândalos atiraram um coquetel molotov. “Foi necessário usar de força na intensidade que pudesse cessar as hostilidades e as depredações”, disse o comandante do 1.º Comando Regional da PM, coronel Milton Isaac Fadel Junior. Os policiais agiram para dispersar as pessoas com disparos de bombas de efeito moral e balas de borracha. Alguns dos manifestantes mais exaltados foram presos. Para dispersar os vândalos, a polícia fez um cordão de isolamento que avançou aos poucos pela Cândido de Abreu, empurrando os manifestantes em direção ao centro.
Enquanto recuavam, os marginais destruíram a estação-tubo que fica em frente à Assembleia Legislativa e também colocaram fogo em uma guarita do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O prédio da Prefeitura Municipal de Curitiba teve os vidros destruídos, além de uma farmácia e duas agências bancárias. Um caminhão dos Bombeiros ficou de prontidão para atacar os marginais com jatos d’água, mas acabou não sendo utilizado.
Um ponto de táxi foi completamente destruído. Os marginais formaram uma barricada de sacos de lixo na rua e atearam fogo. Depois, invadiram um restaurante e aumentaram a fogueira com mesas e cadeiras do estabelecimento. Pouco antes das 23h, a cavalaria entrou na Avenida Cândido de Abreu e agiu contra os vândalos. A confusão terminou perto do Shopping Mueller, onde os manifestantes foram dispersados. Segundo a Polícia Militar, 30 pessoas foram presas até o início da madrugada. Três policiais ficaram feridos nos confrontos.
Reações
Por meio das redes sociais, o governador Beto Richa escreveu que os “responsáveis pela destruição no Centro Cívico serão identificados, presos e punidos”. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, escreveu: “Passaram todos limites. Presos pela Guarda estão a caminho da delegacia. Imagens e fotos enviadas à Policia Civil, Federal e MP. Recuperar bens públicos destruídos. Mais do que nunca, peço diálogo entre os poderes, contenção de ânimos e toda segurança à cidade!”.
Veja na galeria de fotos a destruição.