Empinando sonhos

Irmãos transformam brincadeira em negócio

Um tem 45 anos de idade e o outro 38. Mas o passatempo de menino virou negócio para os irmãos Luís e Eloe Güther, que há sete anos criaram a Art Pipas, um verdadeiro templo da brincadeira de colorir o céu. Com nada menos do que 200 mil itens entre raias (ou pandorgas, papagaios e os demais nomes do brinquedo) e peixinhos, que no céu se movimentam como tal, a loja não só vende, mas também ensina e, nos finais de semana, ainda vira ponto de encontro para meninos e meninas de todas as idades empinarem suas pipas. A exceção fica para os dias de chuva ou sem vento.

Para Luís, empinar pipa significa “arte”. Já o irmão Eloe diz que o fascínio pela brincadeira tem a ver com “liberdade”. E como em muitas famílias, foi o irmão mais velho, Luís, quem iniciou Eloe na brincadeira.

Eles decidiram pela Cidade Industrial de Curitiba (CIC) para instalar a loja porque cresceram no bairro. E o sucesso da matriz, na Rua José Batista dos Santos, 1.850, repetiu-se na segunda loja, também na CIC, na Rua Desembargador Cid Campelo, 4.630. As lojas ficam abertas de segunda a sábado, das 9h às 18h30, e domingo das 9h às 17h30. Além da revenda de pipas, eles produzem modelos gigantes ou bidês sob encomenda. Fone: (41) 3245-6315.

Preferidas

As estampas de times da capital e do Corinthians são campeãs de vendas, seguidas pelos modelos com desenhos como Ben 10, Batman e Homem Aranha. A variedade de opções também se reflete nos preços, que variam de R$ 0,30 a R$ 12.

Marco Andre Lima

Abordagem

“A gente sabe como funciona o negócio”. Explicação dada por um dos camelôs que tinha acabado de ser revistado na ação da Polícia Militar na tarde de ontem, na CIC.

Gangue das placas

Diariamente cerca de 200 placas com fotos de candidatos são danificadas na região próxima ao terminal de ônibus da CIC. Um rapaz que trabalha na colocação e supervisão dos materiais de uma coligação, e não quis se identificar, denuncia que os estragos são realizados por um grupo que atua como uma gangue. Segundo ele, há pelo menos dois candidatos a vereador contratando pessoas para destruir as placas dos concorrentes. Mas para o bolso dele, a campanha tem dado resultado. Ele recebe R$ 60 por dia. “Ficarei 30 dias sem parar. Vai dar um bom dinheiro que pretendo deixar na poupança”, planeja.

Marco Andre Lima

Decepção

O soldador aposentado Evaldo Bolcha, 69 anos, nem participou do recadastramento biométrico porque desistiu de votar. Motivo: sucessivas decepções. “É pura enganação! Tudo gato do mesmo balaio”, disparou. Como aposentado ele viu reduzir o poder de compra do seu benefício ao longo dos anos. “Quando me aposentei, recebia o equivalente a 8,4 salários mínimos, hoje o valor total não equivale a dois salários”.

Veja na galeria de fotos e vídeo as pipas.

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