Defesa nega abusos em coral no Palácio Avenida

O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) deverá marcar em breve audiência com representantes do Instituto HSBC de Solidariedade para discutir adequações da rotina de crianças que participam do coral de Natal organizado pela empresa. Todas são de abrigos (casas-lares) e estão sob responsabilidade do Estado. O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) investigam denúncia de exploração do trabalho infantil fundamentada em laudo técnico do Ministério do Trabalho e Emprego do Paraná. Em nota, o MPT-PR informa que está em negociação bastante avançada com as partes interessadas e não pretende encerrar o espetáculo natalino no Palácio Avenida.

O presidente do Instituto HSBC de Solidariedade, Hélio Ribeiro Duarte, afirmou que “a empresa está disposta a fazer o que for melhor para as crianças”, durante audiência pública para debater as investigações, na Câmara de Curitiba, ontem, com a participação da sociedade civil, educadores das instituições que abrigam as crianças e autoridades públicas. Representantes do MPT-PR e do MTE não compareceram. O encontro foi organizado pela Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara Federal, a pedido do deputado Fernando Francischini (PEN-PR). O parlamentar pretende apresentar proposta de emenda constitucional (PEC), após estudos em andamento.

Defesa

Renan Ferreira, gestor do Lar Hermília Scheleder, em Colombo, defende o coral como atividade promotora de autoestima e formação educacional. Na instituição onde trabalha, cerca de 20 crianças atuam no coral. “Elas têm compromisso de horário e responsabilidades, mas não há violação dos direitos ou abusos de qualquer espécie.” Ferreira conta que as crianças estão angustiadas com a possibilidade de o coral acabar. “São crianças vitimadas que veem no coral a realização de um sonho”, garante.

Veja na galeria de fotos o HSBC na Câmara de Curitiba.

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