Para atender futura demanda residencial com excelência, a Copel se prepara e busca inspiração internacional

A abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores de energia do país já é uma realidade no horizonte. Após alguns anos de expectativa por essa definição, o Congresso Nacional aprovou no fim de outubro de 2025 a Medida Provisória (MP) nº 1.304/2025, que dentre vários temas relevantes para o setor elétrico brasileiro, incluiu essa abertura do mercado para todos consumidores residenciais e comerciais a partir de 2027.

Essa medida vai colocar o Brasil em linha com o que já acontece entre as nações mais desenvolvidas do mundo, como Reino Unido, Austrália, Japão, países da União Europeia e boa parte de Estados Unidos e Canadá, onde já existe a possibilidade de livre escolha do fornecedor de energia.

Essa inclusão foi ‘atrasada’ em um ano com relação à proposta original do Governo Federal, mas consolidou o avanço e manteve a ideia do cronograma da abertura total em duas etapas: 24 meses (ou dois anos) para indústrias e comércios de baixa tensão após a entrada em vigor da lei, e 36 meses (ou três anos) para os consumidores residenciais. Isso significa que a grande maioria dos consumidores poderão escolher os seus fornecedores de energia elétrica a partir do fim de 2028, considerando que a lei entra em vigor na data de sua publicação, prevista ainda para novembro de 2025 após sanção presidencial.

Até o início dessa abertura, conforme a aprovação da lei, deverão ser adotadas medidas para conscientizar os consumidores sobre essa migração (caso desejem) e regulamentado o Supridor de Última Instância (SUI), que será responsável por garantir o fornecimento de energia em situações de emergência caso o consumidor livre perca seu contrato devido à falência ou inadimplência do fornecedor, por exemplo.

“Ainda falta bastante detalhes sobre a regulamentação, mas o que a gente já sabe hoje são os prazos e como funcionaria cada um dos papéis. Ela dilata um pouquinho os nossos planos, mas não muda em absolutamente nada as metas e o Norte que nós estávamos seguindo. E eu imagino que, para a baixa tensão, pelo aprendizado que a gente vem tendo nos últimos anos com clientes de consumo mais baixo, é necessário um processo de  educação, ou  seja, explicar o que é o mercado livre, e oferecer uma experiência boa. A vida do cliente tem que ser a mais fluida e fácil possível para que ele tope trocar a relação que ele tinha com uma distribuidora de longo prazo para o mercado livre”, diz o diretor-geral da Copel Comercializadora, Rodolfo Lima.

Com a liberdade que terá para escolher seu fornecedor, o consumidor, hoje restrito a comprar a energia de sua distribuidora local, deve ter como principal atrativo para fazer essa troca a redução do preço na conta, atualmente já experimentado por clientes de média e alta tensão que migraram para o mercado livre de energia. Para se ter ideia, atualmente mais de 90 milhões de unidades consumidoras são atendidas em baixa tensão no Brasil, sendo cerca de 83 milhões delas residenciais, que representam 47% do consumo total de energia no país.

Economia estimada

Ainda não é possível afirmar de quanto poderá ser a economia dos novos clientes. Os descontos oferecidos vão depender, obviamente, de cada comercializadora, mas já existem pistas do que pode acontecer. Um documento técnico elaborado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) avaliou os impactos sobre as tarifas dos consumidores atendidos em baixa tensão ainda sobre a versão original da Medida Provisória e estimou que a migração desses consumidores para o mercado livre tem potencial de reduzir em 16%, na média, as faturas dos consumidores em relação ao valor atual.

Segundo o estudo, isso representaria uma economia de até R$ 20 bilhões por ano para esses consumidores, renda que pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) “considerando os efeitos diretos na aquisição de bens e serviços e os indiretos e induzidos, os quais se revertem sobre toda a economia, gerando um ciclo virtuoso sobre a atividade e geração de renda/empregos”, diz o documento.

“Acho que entre os maiores desafios que nós teremos é como que a gente consegue criar um produto que seja aderente para essa grande massa, de forma que seja possível customizar, mas de maneira consciente em que não se agregue grandes riscos para nenhum dos dois lados e que, principalmente, seja competitivo. É importante que o cliente consiga ver um benefício relevante em migrar para o mercado livre: o ponto principal, o benefício financeiro, tem que ser relevante, e segundo, tem que ser um processo fluido, de fácil implementação. Não pode ser um processo moroso, porque senão o cliente desiste”, resume Lima.

Para entrar nessa futura competição pelos clientes das distribuidoras pelo Brasil e provar que a empresa seria a melhor escolha, a Copel Comercializadora vem se preparando para esse novo momento, com investimentos em digitalização, tecnologia e personalização dos atendimentos, seja de forma automática, pelo WhatsApp ou app, ou com humanos, quando forem solicitados, e pegando referências no exterior onde o mercado livre já funciona para todos.

“A gente tem feito muito benchmark internacional. Eu, por exemplo, estive na Inglaterra e parte do nosso time esteve nos Estados Unidos mês passado justamente para entender exatamente os mercados mais avançados que os nossos, e como eles conseguiram atingir tudo isso que a gente está almejando. Estamos colhendo muito das melhores práticas para implementar aqui. O que esse cliente residencial quer? Como que eu conquisto ele? A gente tem procurado aprender também lá fora também para estar mais preparado”, conclui Lima.

Siga a Copel Mercado Livre nas redes sociais:

YouTube
Linkedin

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna