Em apenas quatro dias, deputados aprovaram um pacote histórico de medidas e doaram R$ 3 milhões para ajudar famílias atingidas por tornados e ciclone

A passagem de um tornado combinado a um ciclone extratropical, com ventos de até 330 km/h, devastou 90% de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná. Sete pessoas morreram e mais de 750 ficaram feridas, em uma das maiores tragédias já registradas no estado.

Diante da destruição, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) reagiu com rapidez e união, em uma das respostas mais ágeis da história do Parlamento estadual. Em apenas quatro dias, os deputados aprovaram um pacote de medidas emergenciais, criaram novos programas sociais e garantiram recursos diretos às famílias desabrigadas.

A mobilização do Legislativo estadual incluiu sessões extraordinárias em pleno domingo, com participação dos 54 deputados, todos unidos para garantir socorro imediato e iniciar a reconstrução do município.

Sessão extraordinária em domingo: resposta inédita à calamidade

Menos de 48 horas após o desastre, a Assembleia realizou, no domingo (9), sessões extraordinárias para aprovar o decreto de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu e mudar a lei do Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap).

A alteração foi decisiva: pela primeira vez, o Fundo passou a permitir repasses diretos de recursos às famílias atingidas, sem intermediação das prefeituras. Agora, cada família pode receber até R$ 50 mil, conforme o grau dos danos materiais.

A votação foi feita em regime de urgência — leitura, análise das comissões e votação em dois turnos, tudo no mesmo dia. O formato híbrido, com deputados participando presencialmente e por videoconferência, garantiu agilidade e quórum total.

O gesto teve grande simbolismo: a Assembleia interrompeu o recesso de fim de semana para atuar junto com o Governo do Estado, a Defesa Civil e outros órgãos públicos.

Além das mudanças legais, o Parlamento aprovou a doação de R$ 3 milhões do próprio Fundo da Assembleia ao Fecap, reforçando os R$ 50 milhões liberados pelo Governo do Estado. Com a ajuda de outras instituições públicas — como o Tribunal de Contas do Estado (R$ 3 milhões) e a Defensoria Pública (R$ 3 milhões) —, o total destinado às ações emergenciais chegou a R$ 59 milhões.

Todos os 54 deputados participaram das sessões extraordinárias da Assembleia Legislativa do Paraná, para aprovar medidas urgentes de resposta à tragédia em Rio Bonito do Iguaçu.
Todos os 54 deputados participaram das sessões extraordinárias da Assembleia Legislativa do Paraná, para aprovar medidas urgentes de resposta à tragédia em Rio Bonito do Iguaçu.

Reconstrói Paraná: até R$ 50 mil por família para reconstruir moradias

Na quarta-feira (12), a Assembleia concluiu a votação do projeto que criou o Programa Reconstrói Paraná, com regras para repasse direto de recursos às famílias que perderam total ou parcialmente suas casas. O projeto foi sancionado no mesmo dia, permitindo o início imediato das transferências.

O programa tem duas modalidades de apoio:


Cartão Reconstrução, para compra de materiais de construção;
Voucher de Serviços, para pagar pedreiros, eletricistas, encanadores e outros profissionais.

O valor máximo é de R$ 50 mil por família, definido conforme o grau de destruição avaliado pela Defesa Civil e pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Família.

A nova lei também prevê um sistema eletrônico de acompanhamento das obras e compras, garantindo transparência e controle social sobre o uso dos recursos públicos.

Auxílio Paraná: renda emergencial de R$ 1 mil por seis meses

Outra medida aprovada foi o Programa Auxílio Paraná, que oferece uma renda emergencial de R$ 1 mil por mês, por até seis meses, às famílias atingidas.
O benefício é destinado a quem perdeu total ou parcialmente a moradia e tem renda familiar de até três salários mínimos.

O pagamento será feito diretamente na conta bancária dos beneficiários, com base nos cadastros validados pela Defesa Civil.

O objetivo é garantir sustento imediato enquanto as famílias reconstroem suas casas e retomam suas rotinas. O programa inclui monitoramento constante para evitar fraudes e garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa.

Residências, estabelecimentos comerciais, escolas e instituições foram devastados. A reconstrução já começou, impulsionada por programas emergenciais aprovados pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Governo do Estado.
Residências, estabelecimentos comerciais, escolas e instituições foram devastados. A reconstrução já começou, impulsionada por programas emergenciais aprovados pela Assembleia Legislativa do Paraná e pelo Governo do Estado.

Mobilização ampla e solidária

Durante todo o período emergencial, a Assembleia manteve as portas abertas para receber doações de alimentos, roupas, colchões e produtos de higiene para as famílias de Rio Bonito do Iguaçu.

A ação foi coordenada pelo Conselho de Ações Sociais e Voluntariado da Casa, com apoio de servidores e voluntários.

Essas iniciativas se somaram aos esforços do Governo do Estado, prefeituras e equipes da Defesa Civil, que atuaram na limpeza de ruas, remoção de entulhos e restabelecimento da energia elétrica.

Em nota oficial, a Mesa Diretora da Assembleia destacou o papel do Legislativo como elo entre a sociedade e o poder público:

“Em momentos como este, o Parlamento mostra que é possível agir com rapidez, responsabilidade e solidariedade. Todas as forças políticas da Casa se uniram para priorizar o que realmente importa: reconstruir vidas.”

Um modelo de gestão pública em emergências

Entre domingo (9) e quarta-feira (12), a Assembleia aprovou cinco ações estruturadas para ajudar Rio Bonito do Iguaçu e as regiões atingidas:

  1. Reconhecimento do estado de calamidade pública, permitindo ações imediatas.
  2. Mudança na lei do Fecap, autorizando repasses diretos às famílias.
  3. Doação de R$ 3 milhões do Fundo da Assembleia ao Fecap.
  4. Criação do Programa Auxílio Paraná, com renda emergencial de R$ 1 mil mensais por até seis meses.
  5. Criação do Programa Reconstrói Paraná, com repasses de até R$ 50 mil por família para reconstrução de moradias.

Essas medidas contaram com apoio do Governo do Estado, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública e da Defesa Civil.

O modelo de votação adotado — com análises simultâneas e sessões extraordinárias — tornou-se referência em agilidade e cooperação legislativa no enfrentamento de desastres naturais.

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