Com medidas inovadoras, programas de apoio e fortalecimento da rede de proteção, o Legislativo paranaense lidera ações concretas contra a violência de gênero e o feminicídio

Durante todo o mês de agosto, o prédio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) estará iluminado de lilás. Mais do que um gesto simbólico, a iniciativa integra a mobilização estadual contra a violência de gênero e reforça o protagonismo que a Casa vem assumindo no enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica.

Com a maior bancada feminina de sua história – 10 deputadas –, a Assembleia atua em várias frentes: desde a aprovação de leis inovadoras até a articulação de redes de apoio e acolhimento às vítimas.

Trata-se de uma agenda voltada para resultados e para a garantia de direitos de mulheres vulnerabilizadas pela violência de gênero.

Iniciativas pioneiras e ações concretas

Entre as medidas aprovadas no primeiro semestre de 2025 está a criação da 1ª Câmara Criminal especializada em violência doméstica e familiar contra a mulher no Tribunal de Justiça do Paraná. Inédita no país, a iniciativa busca acelerar julgamentos, reduzir a reincidência e incorporar perspectiva de gênero nos processos.

Outro avanço foi o Programa Recomeço, que garante capacitação profissional, inserção no mercado de trabalho e auxílio financeiro equivalente a 50% do salário-mínimo para mulheres vítimas de violência doméstica. O objetivo é oferecer independência econômica para que elas possam se afastar de agressores.

O programa é uma resposta direta a dados preocupantes: em mais de 76% dos casos, o agressor é um homem conhecido, e cerca de 72% das agressões ocorrem no próprio lar.

Em 2024, a Alep também aprovou o Código da Mulher Paranaense, reunindo em um único diploma legal cerca de 100 normas estaduais de proteção e promoção dos direitos das mulheres. O código atualiza leis, estabelece novas diretrizes de enfrentamento à violência de gênero, fortalece redes de apoio e amplia os mecanismos de fiscalização.

Ações para expandir a rede de proteção

Além de legislar sobre o tema, a Assembleia Legislativa paranaense mantém ações institucionais, como a Procuradoria da Mulher, que atua como canal permanente de atendimento a vítimas em situação de vulnerabilidade. O órgão oferece acolhimento, orientação jurídica, acompanhamento e articulação com outras instituições.

O trabalho inclui incentivar que cada Câmara Municipal do Paraná crie sua própria procuradoria. Atualmente, mais de 200 municípios já oferecem o serviço, ampliando a rede de proteção e fiscalização.

Dados alarmantes e cenário de desafios

Os números de violência contra a mulher reforçam a urgência da atuação da Alep. Entre janeiro e junho de 2025, o Paraná registrou 179 feminicídios consumados ou tentados – quase um por dia, de acordo com levantamento do Laboratório de Estudos de Feminicídio (Lesfem/UEL). Desse total, 80% foram cometidos por ex-companheiros das vítimas; 31 casos tiveram crianças e adolescentes como testemunhas, cinco vítimas estavam grávidas e 16 haviam registrado denúncia.

O Estado também contabilizou, no último ano, mais de 70 mil denúncias de violência doméstica e cerca de 32 mil medidas protetivas solicitadas. Apesar da gravidade, houve redução de 7,7% nos casos em relação ao mesmo período de 2024 e queda de 22% na comparação com o segundo semestre daquele ano.

Campanha da Alep de conscientização e combate à violência contra a mulher.
Campanha da Alep de conscientização e combate à violência contra a mulher.

Outro levantamento, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revela que, apenas no primeiro semestre de 2025, mais de meio milhão de novos processos foram abertos no Brasil relacionados à violência contra a mulher – o que equivale a dois casos por minuto.

Referência nacional

Ao unificar leis, criar políticas inovadoras e fortalecer canais institucionais, a Assembleia Legislativa do Paraná consolidou-se como referência nacional no enfrentamento à violência contra a mulher. Com protagonismo da bancada feminina e apoio de parlamentares de diferentes partidos, o Legislativo paranaense combina medidas legislativas, mobilização social e atendimento direto às vítimas, reforçando que o lilás não é apenas a cor do combate à violência, mas o símbolo de um compromisso contínuo.

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