Vista Alegre

Busão abandonado?

Escrito por Luiza Luersen

Um biarticulado está estacionado por lá desde a semana passada

Quem passa pela Rua Mamoré, no bairro Vista Alegre, fica curioso. Um biarticulado está estacionado por lá desde a semana passada e muitas pessoas entraram em contato com a Tribuna para saber o motivo do suposto abandono.

A reportagem investigou a situação e conseguiu contato com o dono do coletivo. Célio Langer, 63 anos, conhecido como colecionador de raridades, comprou o ônibus para a construção de um “Museu do Alarme” há cinco anos. A ideia está saindo papel aos poucos e o coletivo ficou estacionado em uma oficina de um amigo por quatro anos e meio. O local fechou e, por isso, o ônibus está nessa “garagem” temporária.

Foto: Arquivo.
Célio é conhecido como colecionador de raridades. Foto: Arquivo.

“Eu moro perto da região e antes de estacionar conversei com diversos vizinhos para que não atrapalhasse ninguém. Ele ficou durante anos numa oficina que fechou e por isso está na rua. Eu pretendo montar um museu dentro dele e isso deve sair do papel em breve”, contou, empolgado, o empresário.

Célio é proprietário de uma empresa de alarmes e monitoramento e pretende montar o museu no próximo ano. O ônibus, comprado em um leilão, está trancado com cadeados e é monitorado por seguranças da própria empresa dele. Ou seja, não corre risco do local se tornar abrigo para moradores de rua.

Em breve o biarticulado deve ser levado para outro terreno particular, já que uma notificação foi enviada ao proprietário.

Leia mais: Juntador de raridades, Célio Langer busca apoio para construir museu dentro de ônibus

“Eu recebi uma notificação da URBS e em breve ele tem uma nova casa. Neste segunda eu até fui pesquisar alguns lugares para que ele possa ficar. Pretendo montar um barracão que será um museu. O ônibus terá diversos equipamentos de alarme e o barracão terá outras antiguidades”, relatou.

Foto: Átila Alberti.
Foto: Átila Alberti.

Outras coleções

Além do ônibus o empresário coleciona desde equipamentos como radiolas, gramofones e telex até mobílias bastante raras. Ele se considera um “juntador” e explica que “Colecionadores normalmente possuem uma fixação por algum objeto específico. Enquanto eu junto um pouco de tudo”, contou.

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Luiza Luersen

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