Sítio Cercado

Viagem no aperto

Escrito por Fellipe Gaio

Usuários do terminal do Sítio Cercado reclamam da insegurança, superlotação nos ônibus, cachorros e outros problemas. “De manhã, quando o povo sai para trabalhar, não tem cristo que consiga entrar nesses ônibus”, diz Cleusa Bonifácio da Silva, 62 anos. “Se a gente não ficar na reta da porta e correr quando o ônibus chega, ou não entra ou tem que ir em pé”, reforça Juvita dos Santos, 58.

Os passageiros também sentem falta de mais veículos. “Quase não tem linha na região do Osternack, ainda mais no fim de semana. A passagem aumenta, mas o número de ônibus, não. Tem dias que eu tenho de ir a pé por causa da demora e do preço”, se queixa Juvita.

Pelo terminal passam cinco ligeirinhos, cinco expressos, 13 alimentadores e três madrugueiros.

Reforço

Segundo a Urbs, no ano passado, a estação Osternack foi ampliada e foram criadas duas linhas de reforço para a região: a Especial Iguaçu, implantada em função de um grande condomínio da Cohab, e a Reforço Sambaqui, que funciona nos dias de semana e auxilia quem usa o alimentador Osternack/Sítio Cercado. Porém, a Urbs alerta que “podem ocorrer atrasos provocados por questões de trânsito ou obras, mas adequações de horários e de frota são feitos sempre que
necessário”.

Latidos que assustam

Animais incomodam alguns, mas outros gostam dos bichos. Foto: Felipe Rosa.
Animais incomodam alguns, mas outros gostam dos bichos. Foto: Felipe Rosa.

Segundo relatos de passageiros, alguns cães se concentram no terminal e intimidam quem circula por lá. “Tinha que ter um lugar específico para esses cachorros. Eles ficam aí, comendo, dormindo e latindo para quem passa por perto deles”, diz Cleusa Bonifácio. O motorista Francisco dos Santos, 50, diz que os animais são inofensivos. “Os passageiros é que passam correndo e batendo os pés do lado deles e os assustam”.

A prefeitura informa que o Serviço de Apreensão de Cães Ferozes pode ser acionado pelo telefone 153. O serviço age em casos de cães que atacam pessoas nas ruas ou em terminais, quando não é possível identificar os donos. Os animais são levados ao Centro de Zoonoses e ficam em observação durante dez dias.

Insegurança

Com a superlotação, chegam outros problemas. Márcia Maria Turko, 41, diz que está muito inseguro andar de ônibus. “Hoje mesmo, vi uma tentativa de assalto no coletivo que peguei”, reclama. A prefeitura afirma ter instalado câmeras de monitoramento em todos os terminais e estações-tubo, para ajudar na identificação de criminosos. Também foi contratada vigilância terceirizada, que atua paralelamente às nove viaturas da Guarda Municipal, uma para cada regional.

Em março, foram unificadas as centrais de monitoramento da GM e dos computadores de bordo dos ônibus com o Centro de Controle Operacional da Urbs. “Quando o fiscal, o cobrador, o motorista ou o usuário avisam que há um problema, a Guarda chega mais rapidamente”, explica a Urbs. A entidade também acredita que “quanto mais pessoas usarem cartão, menos dinheiro estará circulando nos ônibus. Sem falar que, quem tem cartão não precisar abrir bolsa, carteira ou esperar o troco”.

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Fellipe Gaio

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