Sítio Cercado

Acertando as contas

Escrito por Adriana Brum

Cada metro quadrado conta. Os comerciantes do Sítio Cercado sabem muito bem disso e, utilizam cada espacinho disponível para ampliar seus negócios e atender cada vez melhor a clientela.

Carlos Mori, da Comsersul, quer anistia pra regularizar imóveis de lojas. Foto: Felipe Rosa.
Carlos Mori, da Comsersul, quer anistia pra regularizar imóveis de lojas. Foto: Felipe Rosa.

Mas a prefeitura de Curitiba também notou que a ocupação do espaço físico na região atingiu taxas que comprometem o futuro urbanístico; encontrar estacionamento fora das ruas e áreas de solo permeável, por exemplo, são cada vez mais raros, Por isso, a criou um projeto para regularizar os imóveis. Mas, como cobrar e como pagar por tais ajustes?

De um lado, a Secretaria de Urbanismo, tem feito uma espécie de “raio-X de toda a cidade para verificar quais os principais problemas e, a partir daí, propor soluções. Entre elas, podem estar exigir adaptações físicas, o pagamento de contrapartida em potencial construtivo ou combinações dessas propostas.

O estudo preliminar da prefeitura indica que pelo menos 77% construíram além dos 50% permitidos nos terrenos. “Sabemos que grande parte dos proprietários destes imóveis errou na maneira que construíram, mas também temos consciência que prefeitura fiscalizou ou aplicou a lei no momento certo. O que queremos é a anistia de valores para as construções edificadas irregularmente até o início de 2011”, diz o presidente da Associação de Comércio e Serviços da Região Sul de Curitiba (Comsersul), Carlos Mori. São pelo menos 3,2 mil estabelecimentos comerciais e 1,7 mil de serviços que, juntos, movimentam 82,4% da economia da região.

Foto: Felipe Rosa.
Clientes usam espaços de forma irregular para ampliar seus negócios. Foto: Felipe Rosa.

Nada ainda, contudo, foi definido, adianta o secretário de Urbanismo Reginaldo Cordeiro, que descarta anistia total. “Precisamos chegar a uma fórmula compatível a cada região Queremos chegar a situações benéficas, tanto para a prefeitura, que arrecada e reverte novamente para o bairro, em equipamentos públicos e também para os comerciantes, resolvendo suas irregularidades.”

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Adriana Brum

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