Seminário

Já foi tranquilo

O bairro que cresceu próximo ao primeiro Seminário da Igreja Católica da Diocese do Paraná já era referência no final do século XVII, quando ainda existia o Caminho dos Campos Gerais, que atravessava a região no sentido a Campo Largo. A estrada foi oficialmente inaugurada em 1878 e ficou conhecida como Estrada do Mato Grosso. O local atraiu então comércio e serviços para atender os viajantes de colonos, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Antigo seminário abriga hoje o Colégio Marista e deu nome ao bairro. Foto: Felipe Rosa.
Antigo seminário abriga hoje o Colégio Marista e deu nome ao bairro. Foto: Felipe Rosa.

Em 1901 foi inaugurado o seminário dos Irmãos Lazaristas, junto com o Bispo Dom José, que hoje dá nome a uma das mais importantes ruas do bairro. O local passou então para a administração do Colégio Marista Paranaense. Outra rua importante da região, a Avenida Nossa Senhora Aparecida, também foi nomeada conforme a história do bairro, relacionada com a igreja de mesmo nome.

O Seminário foi oficializado como bairro em 1947 e só em 1975 passou a comportar a extensão atual. “É um bairro residencial típico, com pequeno comércio”, afirma a presidente da Associação de Moradores dos Bairros Mossunguê, Campo Comprido, Barigui, Seminário e Ecoville, Lais Bacilla. Conforme o Censo de 2010, do IBGE, são 6,8 mil habitantes que vivem em 2,7 mil domicílios.

O objetivo principal no momento, diz ela, é reunir os moradores para a criação de um Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) para combater a situação de violência e criminalidade. “Todos os comerciantes já foram assaltados, temos muitos episódios de violência. O Seminário era um bairro muito tranquilo, mas isso se perdeu”, lamenta. A primeira reunião deve acontecer em maio.

“Temos que resgatar a cidadania, fazer com que as pessoas também cuidem da segurança do bairro”, destaca ela, que aponta a ausência de equipamentos para a comunidade, como creches e unidades de saúde. Ainda assim, garante Lais, “é um bairro bom e muito tradicional”.

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Sobre o autor

Carolina Gabardo Belo

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