São José dos Pinhais

Paixão de negócio

Quando comprou uma miniatura de Jaguar E-Type 71, há 17 anos, o empresário Gilberto Vanderlei Stelmach, 32, não fazia ideia de quais consequências isso iria gerar. Muito menos que a partir deste primeiro carrinho formaria uma coleção com centenas de exemplares e que faria da paixão por miniaturas um negócio, como mostramos na última Tribuna Regional São José dos Pinhais.

Foto: Felipe Rosa
Foto: Felipe Rosa

Desde a primeira compra, as visitas à banca de jornal onde era vendida a coleção se repetiram durante anos e o acervo foi ficando cada vez maior. “Assim a gente pode reunir o que gosta em um espaço menor ou ter ao alcance das mãos um carro que não é tão fácil ter na garagem”, diz Gilberto, que decidiu focar sua coleção em miniaturas de Mustang e Camaro na escala 1×64 e em carros nacionais e do leste europeu em escala 1×43. A escolha por modelos e tamanhos específicos, explica, “dá qualidade para a coleção e não só quantidade”.

Gilberto Stelmach começou comprando miniaturas na banquinha e hoje importa dos EUA e até da China. Foto: Felipe Rosa
Gilberto Stelmach começou comprando miniaturas
na banquinha e hoje importa dos EUA e até da China. Foto: Felipe Rosa

Em 2010 veio a ideia de fazer do hobby um negócio. Como comprava diversas miniaturas para a própria coleção, o empresário viu ali a possibilidade de vender os produtos a outros colecionadores em uma loja virtual. Surgiu então a Só Carrinhos, que envolveu toda a família, que se dedica diariamente no atendimento aos pedidos que chegam de todo o país. Os produtos são comprados de empresas dos Estados Unidos, China e Alemanha. “Muita gente fazia chacota, dizia que eu ia só brincar de carrinho, que não tive carrinho quando era criança”, lembra o empresário, que também se destaca em feiras de miniaturas.

Não cabem no bolso

“Eu não imaginava que as pessoas gostavam tanto de miniaturas de carrinhos”, comenta a esposa de Gilberto, Fernanda Stelmach, 26. Ela, que é terapeuta, acompanhou o crescimento da clientela, que chegou a 2,5 mil pessoas que investem entre R$ 5 e R$ 30 mil para ter sua miniatura. O preço varia conforme a raridade do modelo e a customização de cada peça. “Enquanto não passa dos limites, investir tanto assim é saudável, mas se, por exemplo, a pessoa deixa faltar coisas em casa pra comprar carrinhos, fica complicado”, avalia Fernanda.

Enquanto busca produtos para sua loja, Gilberto não deixa de aumentar sua coleção. A busca é constante por exemplares que se juntam a raridades como o Opala SL 1976, a Chevrolet Veraneio 1971 e os modelos que representam táxis de Curitiba, que foram pintados à mão. “Me sinto menos estressado, não me incomodo, pois estou fazendo o que eu gosto, mesmo trabalhando direto. Cada carro tem uma história única”, comemora.

sugestao

Sobre o autor

Carolina Gabardo Belo

(41) 9683-9504