Portão

Rota da paz

Escrito por Paula Weidlich

Trânsito tranquilo e aparentemente sem conflitos entre motoristas, ciclistas ou pedestres. É assim a situação atual da nova ciclorrota de Curitiba, criada pela prefeitura em março deste ano, como parte de Plano Cicloviário da cidade, que pretende trazer segurança, facilitar a vida dos ciclistas e fazer com que cada vez mais as pessoas passem a usar a bicicleta como meio de transporte.

Com mais de seis quilômetros de vias compartilhadas por carros e bicicletas, com velocidade máxima permitida de 30 quilômetros por hora, a ciclorrota conecta o Portão à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no bairro Prado Velho, e à Avenida Comendador Franco, a Avenida das Torres. Em todo o trajeto há círculos azuis, que identificam a ciclorrota, uma “mão na roda” pros desavisados.

Conscientização

Pra ciclista e comerciária Rosa Maria Escudeler, de 64 anos, a criação de vias bem sinalizadas, de uso compartilhado, é um avanço. “Gosto de pedalar pela via calma da Avenida Sete de Setembro e aqui pela ciclorrota. É mais seguro. No entanto, as vias compartilhadas e a sinalização, por si só, não adiantam. Os motoristas precisam ter consciência que devem respeitar a distância dos ciclistas e o limite de velocidade. Isso deve acontecer em todas as ruas, é preciso ter educação”.

Mais Cuidado

Morador da Rua Otávio Francisco Dias, no Água Verde, há mais de mais de 40 anos, o aposentado Mário Precibicien, 68 anos, diz que a ciclorrota, que hoje passa em frente à sua casa, não mudou a rotina dos moradores da rua. “Por enquanto continua tudo tranquilo. Não temos ainda um fluxo muito grande de bicicletas e a convivência entre motoristas e ciclistas tem sido pacífica”. Pra ele, a única diferença notada é que agora é preciso olhar com mais atenção antes de sair de ré com seu “caminhãozinho”, pra confirmar se não há um ciclista pela rua. Quem também toma todo o cuidado é a empresária Roseli Duarte, 65, que costuma dirigir pelas ruas que integram a ciclorrota. “Tenho cuidado com os ciclistas e pedestres que circulam pela rua. Mas a ciclorrota não mudou muita coisa, felizmente tudo continua calmo na região” observa.

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Paula Weidlich

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