Pinheirinho

Cartão, na pressão

Escrito por Samuel Bittencourt

Mais uma tentativa de aumentar o “incentivo” para que o usuário do transporte público faça o cartão está causando polêmica no Terminal do Pinheirinho. Isso porque o local é o primeiro a receber o projeto piloto que altera o funcionamento da integração, que permite aos passageiros que necessitam de algum serviço encontrado nas Ruas da Cidadania, anexas aos terminais, não pagar nova passagem após o atendimento.

A mudança entrou em vigor em 20 de julho e está sendo implantada apenas no Pinheirinho. Com o novo sistema, o passageiro que quiser ir à Rua da Cidadania e retornar ao terminal sem pagar nova passagem precisa ter obrigatoriamente um cartão.

Antes, a comprovação era feita pela guia fornecida no próprio terminal, que era carimbada ao término do atendimento nos equipamentos da Rua da Cidadania.

Horas

Quem precisa ir à Rua da Cidadania não pode mais só apresentar documento e só tem duas horas de prazo pra não pagar passagem. Foto: Ciciro Back.
Quem precisa ir à Rua da Cidadania não pode mais só apresentar documento e só tem duas horas de prazo pra não pagar passagem. Foto: Ciciro Back.

Além do cartão, o projeto piloto prevê que o usuário apenas possa passar duas horas por dia fora dos terminais, sem precisar pagar nova passagem.

A polêmica fica por conta de existirem cursos com duração de quatro horas nos Liceus de Ofícios, além de equipamentos como as Casas da Leitura e as próprias filas de Cras, Cine e demais serviços disponíveis na Rua da Cidadania.

“Mudança confusa”

Rosen reclama que se não fizer cartão ficará excluída. Foto: Ciciro Back.
Rosen reclama que se não fizer cartão ficará excluída. Foto: Ciciro Back.

Frequentadores da Rua da Cidadania do Pinheirinho que usam a integração se queixam da imposição. “Acho que a mudança dessa maneira é confusa, pois prejudica quem precisa ir às Ruas da Cidadania. Eu não tenho cartão e se não o fizer ficarei excluída. Não é uma mudança interessante para todos”, reclama Rosen Klinfuss.

Acostumada com a facilidade de apenas apresentar um documento de identidade, a passageira ficou na bronca. “Alguns atendimentos levam horas, não acredito que será possível apenas duas horas para resolver tudo. Ainda mais quando temos mais de um lugar para ir, pois existem muitas pessoas que aproveitam essa facilidade da rua em reunir muitos órgãos. Além disso, a integração foi criada para uso exclusivo de quem vai à Rua da Cidadania. Agora as pessoas poderão ir para qualquer lugar, e quem realmente precisa terá que fazer tudo com pressa”, argumenta Rosen.

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Samuel Bittencourt

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