Novo Mundo

Futuro policial

Um hobby sustentável. É assim que podemos definir a paixão do adolescente Eduardo Ariel Rodrigues de Barros por suas miniaturas, que são confeccionadas a partir de materiais achados em casa ou nas ruas. Aos 13 anos, o jovem dedica boa parte do seu tempo livre para construir pequenos carros, motos e caminhões com temática policial. “Sou muito fã da polícia. No futuro quero me tornar um oficial da ROTA”, diz Eduardo, em referência ao batalhão Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, da Polícia Militar de São Paulo.

O adolescente começou a se envolver com as miniaturas há cerca de dois anos, quando teve a ideia de construir uma viatura policial utilizando papelão. Ele conta que decidiu montar os brinquedos depois de observar sua avó trabalhando com artesanato. “Uma vez a vi mexendo uma pistola de cola quente e aquilo me interessou. As ideias começaram a surgir e fui fazendo o que vinha na cabeça”, conta.

Com o passar do tempo, as técnicas foram aprimoradas e Eduardo começou a usar uma variedade grande de produtos. Todos achados dentro da própria casa ou nas ruas do bairro Novo Mundo, onde vive com a família. “Os pneus, por exemplo, faço de tampinhas de garrafa. Há também peças de brinquedos antigos que eu tenho aqui em casa, que eu utilizo de várias maneiras. Para fazer o giroflex das viaturas, uso as luzes de carrinhos antigos”, explica.

As estruturas das miniaturas são feitas de papelão e o acabamento é feito em fita isolante. E todas as ferramentas usadas para confeccionar os brinquedos são elaboradas pelo próprio adolescente. “Tenho que me virar e inventar algumas coisas na hora para tudo dar certo”, diz. Além dos veículos, Eduardo também faz com as próprias mãos os equipamentos para os soldadinhos. “Faço coletes à prova de balas, pistolas, espingardas e metralhadoras. Tudo nas medidas certa pra encaixar nos uniformes dos soldados”, conta o garoto.

Quartel-general

A paixão por miniaturas também levou Eduardo a executar o maior dos seus projetos: uma miniatura de um quartel da Polícia Militar de São Paulo. Nessa peça, o adolescente caprichou nos detalhes. “Fiz tudo com palitos de churrasquinho e de picolé. É uma estrutura de  dois andares, onde tem o dormitório, sala de armas, oficina e até cadeia. Demorei seis meses nessa maquete”, relata. Segundo Eduardo, o próximo grande projeto é um caminhão. “Sempre vejo aqueles caminhões de brinquedo feitos de madeira, que são vendidos na estrada e decidi fazer um mais ou menos daquele tamanho. Mas vou fazer do meu jeito e com os meus materiais”, informa.

A avó, Dona Maria de Lourdes Izabel, apoia o passatempo do neto e conta que tem plena confiança num bom futuro para o adolescente. “É uma maravilha vê-lo fazendo peças tão bonitas e detalhadas. Isso mostra que ele é dedicado. Ele quer muito ser policial, o que deixa a gente muito feliz. Ele está determinado nisso. Mas se não der certo, com certeza será um engenheiro de mão cheia, pois leva muito jeito com as engenhocas”, se orgulha a avó.

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