Ganchinho

Tubo do terror

Escrito por Samuel Bittencourt

Passageiros e cobradores do transporte público de Curitiba que utilizam a estação-tubo Osternack estão reféns dos assaltantes. Localizado próximo à rotatória entre o cruzamento das ruas Eduardo Pinto da Rocha e Guaçui, no Ganchinho, o ponto recebe a visita dos bandidos ao menos uma vez por semana. O tubo funciona como ponto final da linha do ligeirinho Bairro Novo e é utilizado por muitos moradores dos conjuntos habitacionais do Ganchinho.

A região já sofre com constantes assaltos aos comércios e residências. Mesmo com uma Unidade Paraná Seguro (UPS) localizada a metros da estação-tubo, os assaltantes não se intimidam e agem a qualquer hora do dia. “Estou apenas há cinco meses no emprego e já sofri quatro assaltos. Eles sempre aparecem armados e são muito rápidos. Isso ocorre em qualquer horário”, conta um cobrador que não quer ser identificado.

O alvo dos assaltantes é a caixa que guarda os valores das passagens. “Eles apenas querem o dinheiro e já vão embora. Ainda não vi nenhum assaltante abordando passageiros. Mas quem percebe o assalto fica com medo. Eu mesmo, se pudesse, trocaria de estação”, afirma. Segundo moradores, apenas um policial fica à disposição da comunidade. Porém, eles lembram que já foram informados pela Polícia Militar (PM) de que não seria possível realizar atendimentos pela falta de viaturas.

Atuação reforçada

“Estou apenas há cinco meses no emprego e já sofri quatro assaltos”, diz cobrador. Foto: Felipe Rosa.
“Estou apenas há cinco meses no emprego e já sofri quatro assaltos”, diz cobrador. Foto: Felipe Rosa.

De acordo com a PM, apesar do alto número de assaltos, a região mantém a média de ocorrências. “Só no bairro Sítio Cercado existem cerca de 120 mil habitantes, o que justificaria um batalhão próprio. Mas temos reforçado nossa atuação em ocorrências relativas ao transporte público, interceptando ônibus e realizando abordagens com a operação Ponto Final. Com essa ação já prendemos 11 criminosos com simulacros de arma de fogo que seriam utilizadas para eventuais assaltos. Apesar do alto número de ocorrências, estamos agindo e observamos que o índice de crimes nos últimos meses não cresceu”, defende o coronel Carlos Eduardo Assunção, comandante do 13º Batalhão da PM.

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