Curitiba

Rifa de um Fusca 1972 vai ajudar piá de Curitiba a ter uma vida melhor

Após o sucesso da rifa de uma Kombi 1985 – foi preciso dobrar a quantidade de números disponíveis tamanha a procura dos interessados – o analista de sistemas José Eduardo Fernandes, pai do pequeno Felipe, de 8 anos, decidiu repetir a dose. Para conseguir bancar os altos custos de tratamento do filho, que nasceu com paralisia cerebral, José Eduardo encontrou outra joia automobilística para rifar: um Fusca 1972, o já popular “Azeitona”.

Com uma parte do dinheiro arrecadado com a venda da rifa da Kombi – cerca de R$ 80 mil – José Eduardo decidiu ir atrás de outro carro para continuar sua saga. “Depois da rifa da Kombi, muita gente continuou ligando e mandando whatsapp, peguntando se ainda tinha números disponíveis. Então saímos em busca de um outro carro e achamos este Fusca. O vendedor me reconheceu pelas matérias da Tribuna e até fez um preço melhor”, contou José Eduardo.

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A ideia da rifa tem dado muito certo e ajudado de forma incrível na manutenção das contas em dia. O gasto com Felipe beira os R$ 4 mil mensais, o que pesa muito nas finanças do pai. Já foram rifadas cestas de produtos de beleza, televisões e outros brindes, mas a kombi foi um sucesso absoluto.

“Após a reportagem que a Tribuna do Paraná fez, vendi praticamente os mil números em dois dias. Depois a RPC ficou sabendo e veio fazer uma matéria também. A procura foi tão grande, que coloquei mais mil números. Em resumo, em apenas seis dias, vendemos os 2 mil números”, contou José Eduardo, que faz prestação de contas quase que diariamente em seus perfis no Instagram e Facebook para mostrar onde o dinheiro das doações é aplicado.

“Compramos uma cadeira de rodas nova para o Lipe, mais fraldas, lençpos umedecidos, paguei fisioterapia, fonoaudióloga e cuidadora. Além disso compramos o Fusca e juntamos dinheiro para garantir as contas por três meses”, acrescentou.

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Depois de bater um pouco e cabeça na organização da rifa da kombi, José Eduardo decidiu usar os serviços de um site especializado. “Eu tinha conhecido o rapaz do Rifa.me, que se chama Eduardo também. Agora o sistema é bem mais organizado, passa mais confiança para quem quer participar e para nós vai sair com custo zero. Eles cobram uma comissão normalmente, mas o Eduardo disse que não vai cobrar para poder ajudar”, explicou.

Tá, papo vai, papo vem, mas e a rifa?

Como participar?

Quem quiser ajudar o Felipe e, de quebra, ter a chance de ganhar um Fusca 1972 extremamente bem cuidado, uma raridade mesmo, pode acessar o link da rifa e adquirir um número. O valor do bilhete é R$ 50 e dois números saem com desconto, por apenas R$ 90.

Você faz um simples cadastro, reserva o número de sua preferência (a reserva vale por dois dias) e realiza a transferência ou depósito do valor nas contas do José Eduardo ou do Felipe. Aí precisa enviar o comprovante por Whatsapp para o número (41) 99519 2458.

O sorteio acontecerá quando todos os números tiverem sido vendidos, e será feito com base na Loteria Federal (a centena da milhar sorteada em dia a ser comunicado posteriormente para todos que participarem).

>>> Acesse agora a rifa Amigos do Felipe para concorrer a um Fusca 72

https://www.facebook.com/100011544728428/videos/1001644833563665

Vida de luta

A vida de José Eduardo Fernandes, de 40 anos, não tem sido fácil nos últimos 8 anos e 8 meses, desde o nascimento do filho Felipe. A dor da perda da esposa, que morreu cinco dias depois do parto, somou-se ao desespero de perceber que o filho ficara com sequelas após uma hemorragia cerebral ainda dentro do útero materno.

Passado o trauma inicial e o luto, o instinto e o amor prevaleceram na relação pai e filho, empurrando José Eduardo para uma jornada difícil, mas igualmente recompensadora. O sorriso e a evolução de Felipe foram o combustível que o pai precisava para diariamente batalhar por uma vida melhor e mais comportável para seu menino.

Ao perceber a vontade das pessoas em ajudar e certo de que fazer o bem é o melhor caminho, José Eduardo pensa até em ampliar a quantidade de beneficiados pelas rifas, não só o próprio filho. “Futuramente, penso em ‘adotar’ uma criança diferente para outras rifas. Assim mais crianças podem se beneficiar, numa verdadeira corrente do bem”, conclui.

Sobre o autor

Eduardo Luiz Klisiewicz

Jornalista desde 2003, já foi repórter de jornal, site, rádio e TV, além de editor e comunicador. É coordenador de conteúdo das Tribuna desde 2017

(41) 9683-9504