Curitiba

Água na boca

Escrito por Lucas Sarzi

Desde a semana passada, está aberta a temporada do caranguejo, que vai até 14 de março

Dizem que a receita do tempero do caranguejo é simples, o que acaba sendo mais difícil é comer, mas o sabor dessa carne exótica conquista até mesmo quem experimenta pela primeira vez. Desde a semana passada, está aberta a temporada do caranguejo, que vai até 14 de março, e se engana quem pensa que Curitiba não tem opções. Na capital tem até novidade, como o caranguejo no balde, que está conquistando quem prefere comer em casa.

De acordo com o empresário, que comanda a cozinha, Paulo Meyer, a escolha dos caranguejos é a parte mais difícil. “Você precisa ter um excelente fornecedor, escolher a dedo, pois o produto precisa ser fresco”, explicou. Além disso, Paulo comentou que os caranguejos precisam ser grandes. “Principalmente para agradar os clientes, que preferem os mais graúdos mesmo”.

Foto: Marco Charneski.
Foto: Marco Charneski.

Na hora de temperar, o chef disse que o segredo dele é colocar um pouco de cerveja. “Mas o tempero, em si, não tem muito mistério. Usamos cebola, salsinha, cebolinha, muita alfavaca e sal”. Como cada caranguejo tem pouca carne, quem vai a um restaurante geralmente passa um bom tempo. “E tem gente que come, viu? Sei de gente que já chegou a quase 20 numa noite”, brincou Paulo.

Comer o caranguejo pode até parecer difícil no começo, mas exige apenas de certa habilidade com as mãos. “Primeiro você tira uma das patinhas, começa pela mais fina, e vai sempre no sentido contrário. Se a carne não sair logo que puxar, use o martelinho. A dica é não ser delicado”, brincou Ana Abrão, que atua como consultora de gastronomia.

Opção não falta

Foto: Marco Charneski.
Foto: Marco Charneski.

No restaurante em que Paulo Meyer comanda a cozinha, o Bar Brahma, quem paga o rodízio come à vontade e ainda pode aproveitar vários acompanhamentos: caldinho de feijão, vinagrete, farinha de mandioca e molhos tipo rosé, tártaro e uma deliciosa maionese de alho artesanal. Em outros restaurantes de Curitiba tem até acompanhamentos como bolinho de bacalhau, isca de peixe e casquinha de siri.

Em Curitiba, a maioria dos restaurantes serve caranguejo à vontade. Em alguns deles, existe ainda a opção de comprar a unidade, mas a grande novidade de um empresário da capital foi o caranguejo no balde. “A ideia surgiu a partir do frango americano mesmo. Pensamos em adaptar uma forma que atendesse aos clientes de um jeito diferente e higiênico”, explicou Patrícia Boeno Ferreira, da Toca do Caranguejo.

Quem opta por comer em casa, ainda pode ter pelo menos duas opções diferentes de molho: vermelho ou vinagrete. “E se quiser fazer em casa, também mandamos o caranguejo vivo para que a pessoa faça como preferir‘, completou Patrícia. Os preços variam de R$ 25 (vivo) até R$ 60 (já cozido), de acordo com a quantidade que a pessoa quiser. ‘E quem quiser vir pessoalmente também temos o rodízio”.

Foto: Arquivo Pessoal.
Foto: Arquivo Pessoal.

Onde comer?

Bar do Edinho: R$ 59 por pessoa.
Rua Paul Cezanne, 15, Guabirotuba.

Del Rosa: R$ 69,90 e precisa de reserva.
Rua Coronel Agostinho Macedo, 60, Bom Retiro.

Restaurante Albatroz: R$ 74 por pessoa.
Rua Mateus Leme, 2941, São Lourenço.

O Trapiche Albatroz: R$ 68 por pessoa.
Avenida Presidente Arthur da Silva Bernardes, 2057, Portão.

Ópera de Bambu: R$ 80 por pessoa e precisa de reserva.
Rua Nestor Victor, 434, Água Verde.

Petiscaria do Victor: R$ 72 por pessoa e precisa de reserva.
Avenida Manoel Ribas, 6995, Santa Felicidade.

Bar Brahma: R$ 70 por pessoa e precisa de reserva.
Avenida Presidente Getúlio Vargas, 234, Rebouças.

Hara Palace Hotel: R$ 5,90 a unidade.
Avenida Iguaçu, 931, Vila Izabel.

Toca do Caranguejo: R$ 55 por pessoa.
Rua Francisco Nunes, 581, Rebouças.

Sobre o autor

Lucas Sarzi

Jornalista formado pelo UniBrasil e que, além de contar boas histórias, não tem preconceito: se atreve a escrever sobre praticamente todos os assuntos.

(41) 9683-9504