Curitiba

Loucos por carrinhos

Escrito por Andrea Côrtes

“Nós não colecionamos apenas objetos, colecionamos amigos”, afirma o aposentado e apaixonado por carrinhos em miniatura Antônio Percegona. Toni, como é conhecido, é responsável por organizar os encontros de colecionadores de carrinhos em miniatura que acontecem há oito anos, todos os meses, no Clube Duque de Caxias, no bairro Bacacheri, em Curitiba. Eles chegam a reunir até 40 colecionadores de todos os estados do Brasil, como mostramos na última Tribuna Regional Boa Vista.

Peças raras custam um dinheirão. O verdinho desta foto foi vendido por R$ 3 mil. Foto Átila Alberti.
Peças raras custam um dinheirão. O verdinho desta foto foi vendido por R$ 3 mil. Foto Átila Alberti.
Jeaniel: taxas atrapalham.
Jeaniel: taxas atrapalham.

O objetivo dos encontros, além de promover a amizade, é também facilitar a troca ou venda de miniaturas que não se encontram facilmente nas lojas. “Dependendo do modelo do carrinho a gente encontra muita dificuldade para achar no Brasil, então precisamos trazer tudo de fora, o que também não é nada fácil por causa das taxas de importação. Até US$ 50 não tem taxa, mas acima desse valor é cobrado 60% de imposto”, explica o empresário e colecionador Jeaniel Magno.

O valor das miniaturas pode variar de R$ 4 até R$ 5 mil e o colecionador paga. “Não existe crise no colecionismo. Colecionar é uma arte, uma cultura. Nós aprendemos a dar valor para aquilo que estamos colecionando”, conta Toni.

Antônio: “Colecionar é uma arte”. Foto: Átila Alberti
Antônio: “Colecionar é uma arte”. Foto: Átila Alberti

 

 

Um dos carrinhos exposto no encontro realizado no último sábado de março (28) em um shopping do bairro foi vendido por R$ 3 mil. O valor carrega o peso da história daquela miniatura. Foram produzidos 100 carrinhos especiais para os funcionários de uma fabricante de carrinhos na Malásia. Destas 100 unidades, não se sabe ainda quantas existem no mundo. Uma delas já tem dono.

Foto: Átila Alberti
Foto: Átila Alberti

 

Ediney Cesar Soares é mais um exemplo de que a arte de colecionar não é mera brincadeira. “Eu comecei a colecionar carrinhos há cerca de um ano e meio como tratamento para depressão. Fui comprando, gostando, fiz excelentes amigos. Desde criança era apaixonado por ônibus e hoje tenho uma coleção de 450 miniaturas em casa”, conta.

Ediney: contra depressão. Foto: Átila Alberti

Serviço:

No dia 18 de abril acontece o 1º Grande Encontro do Ano de Colecionadores de Miniaturas, a partir das 9h, no Clube Duque de Caxias.

Mais informações:

https://www.facebook.com/toni.miniaturas?fref=ts

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Sobre o autor

Andrea Côrtes

(41) 9683-9504