Curitiba

Gazeta do Povo completa 100 anos de inovações, transformações e reflexões

Gazeta do povo completa 100 anos. Foto: Jonathan Campos
Escrito por Giselle Ulbrich

Não é toda empresa que alcança essa longevidade: completar 100 anos sempre a pleno vapor, inovando e sendo referência para a sociedade. O jornal Gazeta do Povo comemorou ontem, 3 de fevereiro, seus 100 anos de vida, com duas festas: uma para os leitores, com uma edição impressa especial, e com uma festança, de dia inteiro, para os funcionários e seus familiares nas dependências do jornal, no bairro Tarumã, em Curitiba.

Leonardo Mendes Júnior, diretor da Gazeta do Povo, mostra que este aniversário é um momento muito especial para os curitibanos e os paranaenses, não só pela longevidade que a empresa alcançou, mas também porque, sendo um veículo de comunicação, contou a história da sociedade paranaense e ajudou a construí-la. “Veja quantas transformações aconteceram no Paraná depois de campanhas ou de séries de reportagens especiais. Isso nos orgulha”, diz o diretor. A séries Diários Secretos, sobre corrupção na Assembleia Legislativa, premiada inclusive com o prêmio Esso de jornalismo, é uma prova disso.

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Olhar digital

E a GP também se orgulha quando o assunto é inovação. Em 2017, transformou-se numa plataforma digital, com apenas uma edição semanal impressa no formato revista, com assuntos relevantes e aprofundados. Leonardo diz que a forma das pessoas consumirem notícias mudou com o tempo. E o jornal se atualizou para estar sempre ao lado dos leitores, atualizações que, daqui para frente, devem ser constantes.

“Você ser um veículo digital te coloca permanentemente em modo beta (teste). Então você sempre está testando, procurando soluções diferentes, pois as mudanças no mundo digital são muito aceleradas. Coisas que construímos no começo do projeto digital, por exemplo, já foram ajustadas, modificadas. E a gente não tem o menor medo, o menor receio de mudar. Até porque temos muito claras as nossas convicções, a nossa essência, os nossos pilares fundamentais. Esses não mudam”, analisa Leonardo.

Travessia

Ana Amélia Filizola, diretora da unidade jornais do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), diz que apesar de todo o esforço de trabalho, que levou às mudanças do jornal nos últimos anos, ainda há transformações por vir. “Chamamos a fase que estamos passando de travessia, pois ainda não chegamos ao nosso objetivo final. Mas olho para trás e vejo que estamos no caminho certo, é o caminho que a gente precisava percorrer. E não me arrependo de nada. Basta ver o resultado de outubro. Se olhássemos quatro anos atrás, a gente nunca podia imaginar que seríamos o jornal mais lido do País durante as eleições. Isso já é uma vitória”. “A sensação de termos chegado aqui é muito boa. É muita felicidade comemorar com os curitibanos, paranaenses e brasileiros estes 100 anos”, diz Ana Amélia.

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Reflexões

Guilherme Döring Cunha Pereira, presidente executivo do GRPCom, também se orgulha do caminho traçado. “Quando a gente começou a refletir sobre a mudança, sobre como queríamos chegar nos 100 anos, tínhamos o desejo fortíssimo de construir uma empresa muito sólida, de grande categoria, extraordinária, até como forma de agradecimento pela história que já foi. Pesa a responsabilidade de criarmos fundamentos sólidos, para que ela atinja mais um século de vida. Só temos a agradecer a Deus por fazer parte dessa história, pelo peso deste desafio que nos é colocado”, analisa.

O jornal aposta em alguns diferenciais, como o relacionamento com o leitor. “A Gazeta pode trazer um nível de engajamento do leitor com o próprio veículo e com seus amigos, ser um espaço de abertura para conhecer outras pessoas que tem tipos de leituras semelhantes. Estar trabalhando nisto é um diferencial que torna a Gazeta do Povo numa plataforma de encontro, num fórum de discussão”, analisa.

“Estamos investindo em características que podem tornar o site muito singular, peculiar e atraente. Então tem bastante coisa ainda por vir. Sem contar a parte editorial, que já passou por um grande progresso, com novos parceiros e colunistas, a forma como a equipe está trabalhando. Embora a gente já tenha avançado muito, se a gente olhar os gigantes da tecnologia, estamos apenas engatinhando”, sentencia Guilherme.

Festa de aniversário

Hoje, a empresa é comandada pelos irmãos Guilherme Döring Cunha Pereira, presidente executivo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), e Ana Amélia Filizola, diretora da unidade jornais. Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo.
Hoje, a empresa é comandada pelos irmãos Guilherme Döring Cunha Pereira, presidente executivo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), e Ana Amélia Filizola, diretora da unidade jornais. Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo.

Uma das convicções do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom) é valorizar a família como a célula mais importante da sociedade. Por conta disto, a Gazeta do Povo decidiu que as comemorações do seu aniversário de 100 anos deveriam começar pelos funcionários e as suas famílias. Ontem, nas dependências do jornal, houve uma grande festa com shows, brincadeiras, chope, comidas e diversas surpresas.

E para os leitores e assinantes, também teve comemoração no fim de semana. Ela veio em formato de edição especial, que foi extraordinariamente impressa em papel jornal (aquele que sujava as mãos de tinta, lembra?), no formato standard, assim como foi o jornal por muitas décadas. Além de trazer a história do periódico, falou do atual momento e também do futuro do jornalismo.

“É uma forma de contar nossa história, já que grande parte dela foi nesse formato. É uma forma de homenagear o que nos trouxe até aqui, homenagear o público que nos lê em Curitiba e que teve contato com as notícias pela primeira vez por esse formato, principalmente o público mais antigo. Essa é a parte da festa que vamos compartilhar com público externo”, analisa Leonardo Mendes Júnior, diretor da Gazeta.

Ao longo do ano, o jornal continuará comemorando seu aniversário com o público externo através de diversos eventos e discussões de assuntos relevantes, que levarão a chancela dos 100 anos da Gazeta.

Um pouco de história

A Gazeta do Povo foi criada por Benjamin Lins e por Plácido e Silva, que lançaram a primeira edição em 3 de fevereiro de 1919. No primeiro editorial, já na capa, estavam os pilares que permeiam o jornal até hoje (com a grafia da época): “(O jornal) destina-se à defesa dos interesses geraes da sociedade, a chamar a atenção de todos e de cada um para os assumptos que, directa, ou indirectamente, nos interessam.”

Desde então, o jornal já se propunha a ser a voz do povo, para juntos construírem a democracia em prol do bem e uma sociedade melhor.

O visual do jornal mudou muito ao longo das décadas, para ser mais atrativo aos olhos dos leitores. Mas também por décadas, apresentava-se ao leitor no papel jornal (que mudou de tamanho algumas vezes), aquele que sempre sujava as mãos de tinta, mas que nunca perdeu a sua essência editorial.

Em 1962, a Gazeta foi comprada por Francisco Cunha Pereira Filho e por Edmundo Lemanski. E iniciou-se mais uma nova era de inovações, de um jornal sempre dinâmico, defendendo os interesses da sociedade. Hoje, a empresa é comandada pelos irmãos Guilherme Döring Cunha Pereira, presidente executivo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), e Ana Amélia Filizola, diretora da unidade jornais. Em 2017, a Gazeta deu um enorme salto tecnológico: passou a ser um jornal totalmente digital, com apenas uma edição impressa semanal, no formato revista, uma das transformações planejadas rumo aos 100 anos do periódico.

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Sobre o autor

Giselle Ulbrich

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