De cem em cem reais, o curitibano vai se habituando a visitar oficinas e lojas revendedoras de estepes usados. Com tantos arrombamentos a veículos registrados, comprar estepes originais não vale mais a pena em Curitiba. Alguns pontos da cidade registram tantas ocorrências que quem precisa estacionar na rua já sai prevenido com travas, protetores e cadeados antifurto.
A situação choca justamente pela tranquilidade dos ladrões durante a ação. De acordo com o presidente da Associação de Moradores do Conjunto Solar, Luiz Tadeu Seidel Bernardina, a segurança no Bacacheri é complicada há muito tempo. De acordo com ele, os bandidos têm agido a qualquer hora do dia, em locais específicos. Algumas ruas do bairro, como Nicarágua, Guilherme Inlenfeldt e Eduardo Geronasso, são as favoritas dos criminosos. “A polícia vem quando a população aciona, mas é a viatura ir embora para o problema voltar a acontecer”, afirma.
Uma solução encontrada pelos moradores do bairro, segundo Tadeu, foi a criação de grupos no aplicativo Whatsapp, no qual a vizinhança emite alertas em relação a qualquer movimentação suspeita. A medida ajuda, mas não resolve. “Precisamos da presença da polícia. Não adianta recebermos visitas regulares da patrulha, e depois tudo voltar à situação anterior”, finaliza.