Curitiba

Quíntuplos de Chopinzinho (PR) gastam 50 fraldas e mamam 15 vezes por dia

Escrito por Gustavo Marques

Após quase três meses no hospital, quíntuplos foram para casa. Agora, o trabalho é cuidar dos cinco

Chegou o tão aguardado dia para os cinco irmãos gêmeos nascidos em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, irem para casa. Após quase três meses de hospital, os quíntuplos, que nasceram dia 2 de setembro, foram para Chopinzinho, cidade no Sudoeste do Paraná. E agora o trabalho de cuidar dos cinco bebês será exclusivamente dos pais, Aniele Kurtel, 25 anos, e Luiz Fernando Araújo, 33 anos.

Eles terão o apoio da avó paterna das crianças, Darci Maria, que mora em Chapecó (SC) mas vai passar um tempo com o casal para ajudar com os nenês. Além, é claro, do filho mais velho Davi Luca, de 6 anos, que só conheceu os cinco irmãozinhos na saída do Hospital do Rocio, ontem pela manhã.

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Os gêmeos Luís Henrique, Jhordan, Tiago, Laura e Antonella ficaram 86 dias internados, sendo 52 dias na UTI neonatal. Primeiros quíntuplos do Paraná, eles são fruto de concepção natural. O casal veio para o pré-natal em Campo Largo porque, de tão rara que é a gravidez, não havia estrutura hospitalar em Chopinzinho.

A viagem de quase 400 km já foi o primeiro teste para a família fora do hospital. Para levar os cinco bebês mais a família, a prefeitura de Chopinzinho enviou duas vans. Junto, veio uma equipe médica pediátrica para acompanhá-los até em casa.

Nestes quase três meses de hospital, não faltou apreensão para os pais. Os bebês nasceram prematuros e tiveram que ganhar peso ao longo de três meses. Agora, Antonella e Laura estão com 2,5 kg. Já os meninos estão mais fortes: Jordan e Tiago com 3 kg e Luis Henrique com 3,1 kg. “Foi um período muito desgastante e cada dia era uma vitória. Cada evolução, cada grama a mais era comemorado”, afirma a mãe. “Deus me deu os cinco e vou para casa com os cinco. Meu coração sempre me disse isso”, reforça Anieli.

Alegria compartilhada pelo pai. “Hoje temos a sensação de uma batalha vencida. Estamos muito felizes, pois só Deus sabe o que passamos para chegar até aqui e o quanto esperamos por esse momento”, emocionou-se Luiz Fernando na saída do hospital.

Foi montada uma verdadeira operação logística pra levar as crianças pra casa. Foto: André Rodrigues/Tribuna do Paraná

Fora do hospital

A rotina com enfermeiros, auxiliares e médicos terminou e a realidade promete ser bem intensa para a família em casa. “Minha mãe vai dar todo o suporte. Vamos cuidar deles com todo o amor do mundo”, comemora o pai.

Trabalho não vai faltar na casa dos quíntuplos. Só de fraldas, eles usam pelos menos 50 por dia – dez para cada bebê. É tanta fralda que campanhas de doação foram organizadas para ajudar os quíntuplos. Só a doação dos leitores da Tribuna rendeu centenas de pacotes, além de protetor de berço e roupinhas.

A amamentação dos quíntuplos também vai ficar bem alterada com a saída do hospital. Aniele chegava a ir ao hospital duas vezes por dia para alimentá-los. Agora, terá de amamentar cada bebê três vezes ao dia. Além do leite materno, os bebês também terão de consumir fórmulas especiais para continuarem ganhando peso. Já o banho será uma vez ao dia.

Saudade

A alta dos quíntuplos já deixou um vazio na unidade neonatal do Hospital do Rocio. Só os cinco irmãos ocupavam quase 5% de todos os 105 leitos neonatais do hospital. “Vida que segue. Eles vão ficar para sempre na nossa memória. Gratidão por ter acompanhado este momento”, definiu a enfermeira Débora Freitas.

Na despedida, a família dos bebês também não deixou de agradecer o carinho de toda equipe do hospital, bem como da população de Campo Largo. “Só temos a agradecer a toda a equipe de enfermagem e aos médicos”, concluiu o pai Luiz.

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