Usuários de ônibus de Curitiba e região metropolitana foram pegos de surpresa na manhã de ontem com a greve dos cobradores. Os principais terminais da cidade ficaram vazios no começo do dia e quem saiu de casa sem saber da paralisação teve que se virar para conseguir chegar ao trabalho ou voltar pra casa.
Ainda no Terminal Guadalupe, a técnica em enfermagem Rosana Marilda dos Santos aguardava o marido vir buscá-la para voltar pra casa. “Trabalhei a noite inteira no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Todos os dias a empresa nos traz até o Guadalupe com uma van e daqui vou pra São José dos Pinhais. Mas hoje cheguei aqui e descobri a greve. Sobrou para meu marido, que veio me buscar”, lamenta.
Carlos Eduardo Machado, que também trabalha num call center, reclamou dos preços abusivos dos taxistas. “Tinha motorista cobrando R$ 30 a corrida fechada até o Centro. É um absurdo, porque num dia normal essa corrida é feita por no máximo R$ 20”. Segundo a Urbs, denúncia sobre cobrança abusiva, por parte de taxistas, ou outros problemas constatados nesse serviço, devem ser feitas pelo telefone 156. É importante ter sempre em mãos dados como placa, número de identificação e local e horário da ocorrência.
Com a paralisação dos cobradores, a Urbs iniciou no início da manhã de ontem o cadastramento de veículos particulares para prestar o serviço emergencial de transporte público. Além de carros e vans, veículos oficiais da prefeitura também estavam sendo vistoriados para diminuir os impactos da greve na capital.
– Como você fez pra se locomover durante a greve dos ônibus?
– Os trabalhadores têm razão em promover mais uma paralisação?
– O que poderia ser feito pra diminuir os transtornos à população?