Faltando pouco mais de um mês para o início das aulas na maior parte das escolas municipais, estaduais e particulares, as papelarias e lojas da capital já registram movimento. Pelos corredores são muitos os pais com a lista de material escolar nas mãos. Antecedência que é
justificada. Para a autônoma Keila Pedroso, 27 anos, mãe do pequeno Jorge, de três anos, as compras estão sendo feitas agora para que a família consiga pesquisar e economizar.

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Agora é a hora de comparar preços e produtos. E atenção com produtos proibidos nas listas! Fotos: Felipe Rosa.

“Vim de Araucária para Curitiba para comprar o material escolar, aqui está mais em conta.
Como meu filho é pequeno, a lista não é tão extensa, está dentro do normal. Mesmo assim estou comprando em vários lugares, dá muita diferença. Tem que fazer assim, economizar, porque não tá fácil”, afirma.

Segundo Claudia, ficar de  olho no conteúdo das listas também evita gastos excessivos. “As
escolas não devem impor que a compra seja feita em um estabelecimento indicado por elas. Os
pais também têm que averiguar que tipo de atividade pedagógica é feita com o material solicitado, qual o objetivo e se a compra deste artigo se justifica. Esse acompanhamento
ainda aproxima os pais do dia a dia dos filhos na escola. E produtos de uso coletivo como
papel higiênico, copos e produtos de limpeza, por exemplo, não podem ser solicitados nas listas das escolas”.

Preços estáveis ou menores

Mãe de três meninas, com 7, 12 e 15 anos, a escrevente Clarissa Vieira, 35, diz que a compra do material escolar tem um grande impacto no orçamento da família. “Estes gastos comprometem nossas finanças até março ou abril, só de livros já gastei mais de R$ 2 mil para uma das meninas. A cada ano as listas ficam maiores e os produtos mais caros, mesmo escolhendo por preço e não por marca. Este ano nem pesquisei, acabei vindo onde sempre compro, por achar os preços mais em conta. Mas não sei se vou comprar tudo. Em 2016 acabei não levando a lista toda e não tivemos problema com a escola”, relata.

Clarissa talvez não compre todo o material das listas das três filhas.

No entanto, apesar de muitos pais afirmarem que os produtos estão custando mais em 2017, segundo os comerciantes, os preços praticados estão similares ou, dependendo do caso, até menores do que os do ano passado. “Nos últimos meses tivemos um reajuste significativo
no preço do papel, que não repassamos para os clientes. Mas muitos produtos estão com o
mesmo valor de 2016. Já outros estão até mais baratos, como é o caso dos importados, como as
mochilas, que baixaram devido à queda da cotação do dólar”, explica a analista de marketing
da rede Super Mini Preço, Cássia Walter.

Antecipado e sem apuros

Para quem busca tranquilidade e variedade de produtos, a dica do coordenador das lojas Contabilista de Curitiba, Martin Vahldick, é se antecipar. “Vir com antecedência evita acúmulo de clientes nas lojas, vendedores ocupados demais para dar mais atenção ou a pouca variedade de produtos. Não trazer os filhos, principalmente  os menores, também facilita as compras, já que eles acabam tentando convencer os pais a comprar materiais mais caros, principalmente com personagens. Desde dezembro temos movimentação nas lojas, com os pais aproveitando o 13º. Mas muita gente ainda deixa para comprar perto do início do ano letivo. Quanto aos preços, tivemos pouca variação este ano, mas consultar a pesquisa feita pelo Procon ou comparar  valores na internet, sempre ajuda os pais fazerem um bom negócio”, observa.

Martin aconselha não deixar a compra pra última hora e a não trazer os filhos menores junto.

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