Curitiba

Eleição digital

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná
Escrito por Giselle Ulbrich

Aplicativos prometem ajudar a vida do eleitor durante a campanha eleitoral e também no dia da votação

Quem ainda não usa aplicativos no celular para facilitar a vida, vai usar. E com a chegada das eleições 2018, a Tribuna separou oito apps gratuitos que podem facilitar a vida do eleitor na hora de escolher um candidato, ver como estão as pesquisas eleitorais, conseguir a via digital do título e até ver o resultado das eleições, depois do fechamento das urnas. Foram usados dois critérios para a seleção dos aplicativos: os oficiais da Justiça Eleitoral e os melhores avaliados na loja de aplicativos para Android. No entanto, há centenas de outros apps com funções e avaliações de usuários diversas. Cada eleitor deve escolher de acordo com os seus objetivos e as funcionalidades oferecidas por cada programa.

Eleições 2018

Mostra todos os candidatos e informações das Eleições 2018 brasileiras. Nele é possível consultar o local de votação, situação eleitoral (pelo seu nome ou número do título), os candidatos (dados básicos, gastos com a campanha, declaração de bens, certidões e propostas de governo). Também dá informações sobre os atuais deputados e senadores, mostrando detalhes do mandato, declarações de despesas e agendas de compromissos. No caso dos senadores, mostra a lista de matérias de sua autoria e das quais foi relator. Até o último dia 21, já tinha mais de 10 mil downloads e 126 avaliações de usuários, a maioria boas, o que deu a nota 4,5 para o aplicativo.

Eleições 2018 – O Guia de Bolso do Eleitor

Mostra praticamente as mesmas coisas que o aplicativo de nome semelhante (citado antes), com o adicional que ele mostra notícias sobre as eleições e o resultado, conforme for sendo apurado. O aplicativo já tem mais de mil downloads e apenas três avaliações, com nota 4,3.

Je Processos

Nele é possível consultar os processos que tramitam na Justiça Eleitoral, para saber como está o julgamento de casos relativos a candidatos, coligações, partidos e demais assuntos eleitorais. O aplicativo é muito usado por advogados e jornalistas, mas é aberto a qualquer pessoa que queira consultar os processos. A consulta pode ser feita pelo nome da parte, nome do advogado ou número do processo. Mas o aplicativo não está disponível para todos os estados.

Pardal

O aplicativo, oficial da Justiça Eleitoral, se propõe a receber denúncias de propaganda eleitoral irregular nas ruas. O usuário pode tirar fotos, fazer vídeos e mandar pelo app com a descrição da irregularidade. Porém, muitos usuários que utilizaram o aplicativo nas eleições de 2016 reclamaram que ou não conseguiam mandar as fotos e vídeos, ou que não havia retorno ao usuário sobre o que foi feito da denúncia. Tanto é que das mais de 1.700 avaliações, a maioria foi ruim, o que rendeu a nota 2,7 ao app. A expectativa é de que nesta eleição, o programa funcione melhor.

e-Título

O aplicativo da Justiça Eleitoral pode substituir o documento físico do título de eleitor por uma via digital, aceita no dia das eleições. Ele também pesquisa seu local de votação e verifica sua situação eleitoral. Os usuários reclamam que digitam corretamente os dados solicitados, porém o aplicativo não encontra os eleitores na base de dados. Outros também reclamam que a propaganda feita na TV era a de que, se a pessoa perdeu o título, poderia votar tranquilamente com a via digital. No entanto, na hora de cadastrar os dados, é preciso ter o número do título de eleitor, pois ele não localiza o eleitor pelo CPF ou RG. O TSE informou que os dados inseridos no app tem que ser exatamente iguais como está no título (acentos e grafias). E para quem perdeu o título e não sabe o número, é possível resgatá-lo pelo site do TSE (www .tse.jus.br Vá em Eleitor e Eleições -> Serviços ao Eleitor -> Título de Eleitor -> Número do Título Eleitoral). Com o seu nome, data de nascimento e nome da mãe, é possível conseguir a informação. Outra observação do TSE é que todos podem usar a via digital nas eleições. No entanto, para aqueles em que o e-Título aparece sem a foto (porque ainda não fizeram o recadastramento biométrico no TRE local), é preciso levar junto com a via digital qualquer documento oficial com foto.

e-vote Eleições 2018

O aplicativo pretende ser uma “pesquisa eleitoral” online e em tempo real dos candidatos a presidente da República. Ele te mostra a lista de candidatos, o usuário escolhe em quem pretende votar e logo em seguida o aplicativo dá o resultado da pesquisa. É possível filtrar os resultados por região ou estado e acompanhar a evolução diária da campanha. O app tem pouco mais de mil downloads, porém foi bem avaliado pela maioria dos 28 usuários que deixaram sua opinião.

Boletim na mão

Para as eleições de 2014 e 2016, um professor da Unicamp criou um aplicativo (Você Eleitor) para tentar reduzir as possibilidades de fraudes nas urnas eletrônicas. Este ano, o app deixou de existir, mas entrou “em campo” um aplicativo da própria Justiça Eleitoral, que funciona muito parecido. Quando a eleição é encerrada, às 17h, os mesários imprimem o Boletim de Urna (BU), que tem um QR Code embaixo, e colam na porta da seção eleitoral. Nele é possível ver quantos votos teve cada candidato, naquela seção. Com o celular aberto no app, o eleitor lê o QR Code e confere se o que está impresso na porta da seção é igual ao que está na base de dados do TSE. Apesar da iniciativa, o professor da Unicamp já tinha avisado lá em 2014: é possível verificar os BUs, depois da votação encerrada. Mas nada garante que a inserção dos dados na urna eletrônica, durante a votação, não tenha sido manipulada. Ou seja, ninguém sabe se aqueles votos que aparecem no BU, para cada candidato, correspondem ao que os eleitores manifestaram na urna. O professor temia que urnas já tivessem votos “pré-programados”. Ainda assim, não deixa de ser uma ferramenta antifraude.

Resultados

Este aplicativo também é oficial da Justiça Eleitoral e deve mostrar o resultado das eleições, conforme ele vai sendo atualizado após o fechamento das urnas. Funcionou bem em outros pleitos. Mas a atualização dele em geral é mais demorada do que pelo site do TSE (que fica carregado e nem todo mundo consegue acessar) ou pela mídia, visto que a maioria dos jornais, TVs e portais de internet atualizam os resultados diretamente dos TRE locais, onde são colocados telões com a apuração em tempo real.

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