Piraquara

Ajude a Mirella

É por volta de um ano de idade que a maioria das crianças começa a dar os primeiros passos e a pronunciar as primeiras palavras, descobrindo a vida aos poucos, brincando, sem preocupações. Mas para a pequena Mirella do Nascimento Pires, de um ano e meio, este período tem sido marcado por incessantes internamentos, consultas e diversos procedimentos médicos, que vêm sendo realizados com o objetivo de salvar sua vida, de curá-la do carcinoma da glândula adrenal, tipo de câncer com o qual foi diagnosticada. Notícia difícil, que foi recebida por sua família há pouco mais de três meses, dias antes do último Natal.

“Descobrimos a doença por acaso, ela começou a apresentar crescimento de pelos pelo corpo, por isso, achei que fosse hormonal. Preocupada, levei a Mirella no posto de saúde de Piraquara e o médico que nos atendeu já a encaminhou para o Hospital Erasto Gaertner, para fazer os exames. Lá ela fez exames de sangue e tomografias, que mostraram três tumores pequenos no pulmão e outro maior, na barriga. Descobrimos isto em um dia e no outro ela já estava internada, fazendo quimioterapia. Passamos o Natal com ela no hospital. Foi bem difícil, mas temos fé, entregamos nas mãos de Deus”, conta sua mãe, Karoline Lima dos Nascimento, 19 anos.

Desde então, Mirella enfrentou diversos internamentos e ciclos de quimioterapia, sempre acompanhada de perto por sua mãe e também por seu pai, o motorista Vanderlei Barros Pires, 36, que está desempregado desde dezembro, coincidentemente, mesma época em que a doença da filha foi descoberta. “Foi tudo junto: a doença e o desemprego. Eu estava nos Correios, como temporário e fiquei sem trabalho no dia 23 de dezembro. Minha profissão foi sempre a de motorista, mas agora estou pegando qualquer coisa que aparecer. Se for aqui em Piraquara melhor ainda, assim fico perto se elas precisarem de mim”, explica o pai.

Depois que ele ficou sem trabalho, quem ajudava a família a manter as despesas da casa e gastos com o tratamento era a avó paterna da menina, Terezinha Santos Barros, 54, hoje também desempregada. “Eu estava trabalhando até a semana passada, mas minha patroa foi transferida e eu fiquei sem meu emprego. Agora, vou pegar umas diárias como bico e procurar as empresas. Tenho qualificação como operadora de máquinas e na área de controle de qualidade. A gente sempre teve uma vida normal e agora estamos passando por uma grande provação. E ainda tem essa crise, que é ruim para todo mundo. Mas eu, meu filho e minha nora temos fé que tudo vai se resolver”, confidencia.

Toda a ajuda é bem-vinda

Foto: Giuliano Gomes
Família pede ajuda para continuar o tratamento da pequena Mirella. Foto: Giuliano Gomes

Com a mãe, o pai e a avó sem trabalho, a família, que vive em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, tem contado com a solidariedade de outras pessoas para sobreviver e para garantir que Mirella continue tendo acesso ao tratamento médico. “Mirella toma nove tipos de remédios por dia, muitos nós conseguimos de graça, mas temos que comprar dois deles, que custam cerca de R$ 150 por mês. Além disto, precisamos de fraldas e de ajuda financeira mesmo, para a comida e as contas como aluguel, água e luz. Para levar a Mirella para o hospital também gastamos com gasolina e às vezes, com estacionamento, já que não dá para depender da ambulância da prefeitura, que precisa ser agendada um dia antes, afinal, nunca sambemos quando ela vai passar mal ou ter uma febre. Hoje, quem tem nos ajudado são os amigos e pessoas que a gente nem conhece”, explica Karoline.

Para arrecadar mais recursos para se manterem, pelo menos durante o tratamento de Mirella, que deve se estender por oito meses – incluindo a cirurgia para a retirada do tumor do abdômen e mais sessões de quimioterapia – os familiares preparam agora um bingo beneficente, que deve acontecem no começo de abril. “Fui dar entrada no auxílio-doença do INSS, mas só consegui agendamento para o dia 24 de maio. Até lá, temos que dar um jeito, não sei como vai ser. Não temos nenhuma ajuda do poder público ou da prefeitura. Então, resolvemos fazer um bingo, por isso, estamos arrecadando prêmios e também refrigerantes, doces e salgados para vender no dia, na cantina”, diz a mãe.

Tratamento difícil

Inicialmente com três tumores nos pulmões, Mirella tem atualmente, segundo os últimos exames, seis nódulos no órgão, que também é afetado por uma pneumonia. Nos últimos meses, o tumor na barriga da menina também cresceu, e já está com nove centímetros. “Estamos esperando agora para marcar a cirurgia. No último ciclo da quimio ele pagou uma bactéria no catéter do acesso e precisou ficar internada por uma semana, só com os antibióticos, sem os remédios contra o avanço do câncer. Acho que isto fez os tumores crescerem. Furaram até o pescocinho dela para achar um novo acesso. É bem sofrido, só transfusões ela já fez quatro”, conta Karoline.

Segundo ela, a doença de Mirella tem origem em uma mutação genética familiar. “Fiz o exame, eu também tenho esse problema genético, mas não desenvolvi a doença. E sei que por causa disto, não poderei ter mais filhos. É uma mutação que vem desde a minha avó, e que passou para várias pessoas na minha família. Mas a maioria nunca teve nada”, esclarece.

No hospital, já que não pode ficar andando ou no chão, para não se contaminar com bactérias, a única diversão da menina nos dias de internamento é assistir aos vídeos de personagens infantis, no celular de sua mãe. “É o que ela mais gosta, no hospital isso distrai a Mirella, já que ela não pode brincar. Nosso sonho é comprar um tablet para ela, para gravar os vídeos que ela mais gosta, para ela assistir”, revela a mãe.

Foto: Giuliano Gomes
Foto: Giuliano Gomes

Como ajudar?

Para ajudar a família com fraldas tamanho G, artigos para o bingo, demais doações ou até mesmo, com oportunidades de trabalho para o pai ou para a avó, entre em contato com:

Karoline Lima dos Nascimento (mãe) 3589-1197 e 99634-0918 ou acesse a página do Facebook Ajudem a mirella #Tds pela Mirella

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Sobre o autor

Paula Weidlich

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