Entrar e sair da região do Caiuá, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), tem se tornado uma tarefa cada vez mais difícil. Quem mora ou trabalha por lá reclama do trânsito intenso no cruzamento das ruas Raul Pompeia e Lodovico Kaminski, principalmente nos horários de pico. A situação se agrava pelo fato de o Terminal do Caiuá estar localizado justamente nessa esquina. Com isso, o volume de veículos transitando pelo trecho aumenta consideravelmente no início da manhã e no final de tarde.
O vendedor Diogo Alex é morador do bairro e trabalha em uma loja de informática situada exatamente no cruzamento das ruas Raul Pompeia e Lodovico Kaminski. Ele conta que por volta das 7h da manhã o trânsito já começa a ficar intenso. “As filas se formam rapidamente. E como há muitos ônibus por causa do terminal, tudo fica mais complicado. Muitas vezes os engarrafamentos se alongam por três ou quatro quadras. Quando tem acidente no Contorno Sul piora tudo. Vira um caos”, diz.
Ainda segundo o vendedor, nos horários de pico os ônibus demoram muito para deixar o terminal e seguir a rota. “Já fiquei 20 minutos parado dentro de um ônibus dentro do terminal porque o motorista não conseguia entrar na Rua Lodovico Kaminski. Tinha época que eu chegava meia hora mais cedo no terminal para não perder o horário no trabalho”, conta.
O motorista de ônibus Algacir de Luca, que está na função há 34 anos, conta que nos horários de pico a situação do terminal fica caótica. “Tem muito carro, muito ônibus e muita gente transitando pela região. Fica muito difícil transitar por aqui. Tem que tomar muito cuidado pra não bater ou atropelar um pedestre. E como é um terminal pequeno, tudo fica mais complicado”, diz.
O vigia do terminal, Sandro Lobo da Silva, que trabalha há um ano no local, explica que já chegou a testemunhar alguns acidentes por causa da confusão no trânsito no entorno do terminal. “São motos que acabam batendo nos carros, veículos batendo um no outro porque acaba passando no sinal amarelo por estar atrasado e outras situações. Pedestres também se arriscam”, explica.
Para Sandro, era preciso criar uma rota alternativa para os ônibus e mudar os tempos dos semáforos para organizar o cruzamento. “As duas vias são de mão dupla e quase todo mundo quer entrar na Rua Raul Pompeia. Então tinha que mudar o tempo do semáforo para os motoristas fazerem a conversão com segurança. Além disso, tinham que colocar os ônibus para acessar o terminal por uma rua e saírem por outra. Todos chegam e saem pela Raul Pompeia. Do jeito que tá não dá mais”, alerta.
Melhoria depende do DNIT
A Tribuna publicou na semana passada o anúncio de obras na Rua Raul Pompéia, que devem começar ainda este ano. De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), a revitalização será realizada até a marginal esquerda da Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira. Sobre o congestionamento no local, a Setran informou que “a circulação é muito prejudicada na região próxima à trincheira da JK com a Raul Pompéia devido às conversões permitidas em todas as marginais. Esses conflitos devem existir até que o DNIT (responsável pela JK) realize obras na região”. Esta é a mesma situação do cruzamento da Avenida JK com a Eduardo Sprada. Ainda assim, está prevista para a próxima semana uma vistoria, para verificar os semáforos e possíveis alterações no tempo dos sinaleiros.
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– Conhece outro terminal de ônibus da cidade onde o trânsito é complicado nas redondezas?
– Já ficou preso em um engarrafamento na Rua Raul Pompeia?