Campo de Santana

Creche em lugar nenhum

Escrito por Samuel Bittencourt

Os pais que levam as crianças até o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Juril de Plácido e Silva Carnasciali, no Campo de Santana, reclamam da falta de estrutura no local. Apesar da creche ter sido inaugurada em 2012, para atender famílias da região, a falta de planejamento na criação do CMEI fica evidente logo quando se procura sua localização.

Isso acontece porque a rua onde fica o CMEI não tem nome e não existe no mapa. No próprio site da prefeitura (www.curitiba.pr.gov.br), o endereço que consta leva a pessoa para outro lugar.
O endereço indicado, Estrada Delegado Bruno de Almeida, que tem cerca de sete quilômetros de extensão, apenas serve de acesso ao CMEI.

Referências

“Não há um pai que não reclame da dificuldade em encontrar a creche. Eles informam um endereço com número, porém quem não conhece a região se perde, já que não há placa alguma informando a direção correta. Quando você liga para a prefeitura nem eles conseguem dizer corretamente onde fica o CMEI”, explica a mãe Daiane Freire.

De acordo com a mãe, os melhores pontos de referência, que podem facilitar a vida dos pais, são o galpão do Eco Cidadão, que armazena material reciclado para os catadores da região e a subestação da Copel.

Acesso é precário

CMEI fica em local afastado e rua não existe no mapa. Foto: Felipe Rosa.
CMEI fica em local afastado e rua não existe no mapa. Foto: Felipe Rosa.

Outros problemas que afligem os pais são a falta de iluminação e a péssima condição da rua recém-aberta. “Quando chove, é barro pra todo lado. Não existe esgoto e a água fica acumulada, formando piscinas por toda parte. Sem contar o breu que começa ao final da tarde. Depois de quase dois anos funcionando, instalaram um poste na frente do CMEI. Falta só todo o resto da rua”, critica Adriana Silva Casarin, outra mãe indignada.
Falta grana
A prefeitura informou que o CMEI está na continuação da Rua Vilibaldo José Hoffmann e reforçou que a escolha do local foi feita na gestão anterior. Melhorias para o acesso são estudadas pela Administração Regional Pinheirinho, mas a execução ainda depende da disponibilidade de recursos.

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Samuel Bittencourt

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