Nem mesmo a oferta de ‘um barão‘ convenceu o mecânico de bicicletas Ocirio Ferreira, 58 anos, a vender sua maior relíquia: uma bicicleta montada por ele mesmo há 18 anos, com peças e acessórios que encontrou no ferro-velho, e decorada com dezenas de bonecos. O veículo fica em frente à oficina de seu criador, e é o que mais chama a atenção de quem passa pela Rua Leonardo Novicki, no Cajuru.

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‘Me apeguei a ela‘, conta Ocirio, que usou como base uma motoneta, além de detalhes como um banco do carona e uma placa da consagrada marca Harley-Davidson. ‘Os bonecos eu fui achando pela rua, mas a piazada já tirou bastante‘, comenta ele, que já se acostumou com o assédio das pessoas que querem tirar foto com a bicicleta.

O envolvimento de Ocirio com as bicicletas é antigo. Desde os oito anos de idade ele conhece toda a mecânica do veículo, mas a atividade só se tornou uma profissão há sete anos, depois que deixou o trabalho em uma empresa de segurança privada. O começo foi difícil e, com o tempo, foi adquirindo todos os materiais necessários, enquanto cativava a freguesia que não para de chegar.

Ocirio: “Enquanto estiver vivo, vou andar de bicicleta”. Foto: Gerson Klaina.

‘Sempre tive a ideia de trabalhar com isso‘, confessa. Durante toda sua vida, o mecânico também deu preferência ao meio de transporte sobre duas rodas. ‘Enquanto estiver vivo, vou andar de bicicleta. Eu até tenho carro, mas não gosto muito de usar‘.

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Além da bicicleta que fica em frente à sua oficina, Ocírio montou outra personalizada, que deu de presente a um amigo. Ele também não descarta a possibilidade de montar mais uma relíquia. ‘Mais pra frente‘, diz.

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