Boa Vista

Fedor do cão!

Moradores do Conjunto Residencial Andrômeda, na Rua Antônio Gongola, no Boa Vista, pedem ajuda para tentar resolver o problema de barulho e mau cheiro de um terreno que fica ao lado do conjunto. No local, não há moradores ou placas informativas e aproximadamente dez cachorros estão tirando a tranquilidade dos vizinhos. Uma moradora incomodada com a situação conseguiu a informação que o terreno pertence a um petshop.

No local onde termina a Rua Maria Geronasso do Rosário, no número 532 existe uma igreja e nos fundos do terreno, a área de reclamação. A agente de turismo Liliane Zuanazzi Oliari, que entrou em contato com a Tribuna para denunciar a situação, conta que os cachorros foram deixados há aproximadamente dois meses e meio. A partir daí a tranquilidade acabou. “É um barulho insuportável, os animais latem muito, dia e noite”.

Liliane tem um filho de 1 ano e 11 meses e conta que o menino acorda de madrugada e não consegue mais dormir. Ela diz que já contou sete cachorros, todos de raça, e que recentemente chegaram três filhotes. Com os dias de frio, os pequenos choram muito durante a madrugada. Outra reclamação é com relação ao mau cheiro. Vários moradores sofrem, mas em especial quem tem a cozinha na direção do terreno. “O cheiro é muito forte. Uma vizinha aqui é alérgica e não pode mais abrir a janela”.

Liliane afirmou que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Já procurou também a licença sanitária, meio ambiente e recentemente o 156. As informações que conseguiu foram através de uma pessoa que apareceu para limpar o local. “Uma mulher ligou uma máquina às 6h30, então corri pra lá, mas ela não me deu muita atenção. Um tempo depois ela me informou um nome, um telefone e disse que o terreno é de propriedade de um petshop”.

A agente de turismo disse que procurou na internet pelas informações, mas o único estabelecimento que encontrou com o nome é no bairro Hauer, o que achou improvável. Uma pessoa que não quis se identificar, confirmou que o dono do local trabalha com isso. “Não são animais para venda. Ele opera os cachorros e deixa para recuperação”. Questionado sobre o proprietário, ela afirmou que iria telefonar e não retornou.

A Secretaria Municipal do Urbanismo afirmou que não há placas ou informações que confirmem o comércio dos animais. O terreno está em nome de uma pessoa física. Contudo, uma equipe será enviada ao local para confirmar a situação. A criação comercial de animais em Curitiba é proibida pela lei 13.914/11. Já a Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que não existe denúncia de maus tratos e, portanto, não há o que fazer.

 

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Pedro Menck

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