Um erro de projeto na construção de galeria para água da chuva vem causando alagamentos na Rua Santo Celestino Coleto, Boa Vista. Sem contar que o acúmulo de água aumenta o risco de proliferação do mosquito da dengue. A assistente administrativa Loeh Molinari, 42 anos, que mora na esquina com a Rua Francisco Prestes Maia, se obrigou a trocar o assoalho de madeira, apodrecido pela água das enchentes.
O militar reformado André Elias Gemoski, 77 anos, conta que o problema começou quando a prefeitura decidiu alterar o tamanho das manilhas para águas pluviais. Antigamente, todas tinham 1,50 metro de diâmetro. Há alguns anos, parte da tubulação foi trocada por peças com 2,20 metros de diâmetro. No entanto, naquele ponto, a manilha continuou com o tamanho antigo.
Para piorar, aquele trecho é o mais baixo da redondeza. Quando chove, a manilha menor não comporta o volume de água. Depois das chuvas, moradores encontram móveis, colchões e até uma pia de banheiro, entalados na boca da tubulação menor.
Caixa
De tanto os moradores reclamarem, há quatro ou cinco anos a prefeitura construiu uma espécie de caixa de passagem, mas não alterou as manilhas. Toda vez que chove, a caixa transborda. A pressão da água é tão forte que a primeira chuva quebrou as laterais da caixa de concreto e rompeu a tampa, que foi arrastada algumas vezes para o canto da rua. A caixa aberta e a calçada toda quebrada deixam o risco de alguém cair lá dentro e se machucar gravemente.
Depois da construção da caixa de ligação, em frente à casa vizinha, Loeh achou que o problema se resolveria e construiu calçada e meio-fio. No primeiro alagamento, tudo ficou destruído. Os vizinhos atrás da casa dela já precisaram ajuda dos bombeiros, para sair da residência após alagamentos.
Resposta
A Secretaria Municipal de Obras Públicas avaliou que há necessidade de aumentar o diâmetro das tubulações, mas explicou que o custo é elevado e “há necessidade de buscar viabilidade financeira”. Não há prazo para a execução dos serviços.