A terceira edição da Redação Móvel da Tribuna, RPC e rádio 98 FM atraiu moradores do Bairro Alto à Paróquia Madalena Sofia, ontem, pelos mais diversos motivos. Ao saber que a reportagem dos Caçadores de Notícias estaria por lá, o aposentado Renato Kopanski, de 61 anos, logo se programou para dar um pulo. Ele levava consigo um exemplar da Tribuna de 32 anos atrás, no qual foi publicada uma reportagem com a foto dele.

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“Eu tinha 29 anos na época. A matéria era sobre as carrocinhas de entrega, que tinham voltado à atividade por causa do alto preço da gasolina. Eu trabalhava para uma padaria na Vista Alegre, nas Mercês, e entregava pão na carroça puxada a cavalo”, conta ele, que guardou a lembrança, mas lamenta que o jornal tenha se deteriorado com a passagem do tempo. “Eu me arrependo de não ter botado em um quadro.”

Casamento

Louise vai oficializar o seu relacionamento de sete anos. Foto: Felipe Rosa

Já a vendedora Louise Dziukorski, de 26 anos, foi até a Paróquia para se inscrever no casamento coletivo, mais uma iniciativa do projeto Justiça no Bairro. “Ficou marcado para o dia 10 de novembro. Nós estamos juntos há sete anos e queremos nos casar desde o início, mas nunca foi possível por causa da nossa situação econômica. Depois que os meninos nasceram, ficou ainda mais difícil. Depois que oficializarmos vai facilitar para fazer documentos para os nossos filhos e pra várias outras coisas do dia a dia”, afirma ela, que é mãe de Maria Eduarda, de 6 anos, Enzo, 3, e Luisa, de 1 aninho.

As crianças aproveitaram para brincar na cama elástica, com massinha de modelar, fazer pintura facial e colorir ilustrações. Animadores infantis comandavam atividades recreativas com a meninada do bairro e com os alunos do Colégio Madalena Sofia. Pequenos e adultos se esbaldaram com a pipoca quentinha da rádio 98 FM. As promotoras da rádio distribuíram exemplares da Tribuna no local.

Justiça no bairro

Quase todos os serviços oferecidos eram gratuitos. Foto: Felipe Rosa
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Uma equipe de 20 pessoas formada por acadêmicos e professores de Direito, advogados, representantes do Ministério Público, procuradores, juiz e promotor, chefiada pela desembargadora Joeci Machado Camargo, ficou a postos das 10h30 até as 17h, no salão paroquial, para dar atendimento jurídico aos interessados. Quase todos os serviços oferecidos eram gratuitos.

“O objetivo do Justiça no Bairro é fazer a entrega da prestação jurisdicional para a população economicamente vulnerável. Às vezes a pessoa perde um dia de trabalho para procurar um órgão público e ainda tem seu pedido negado. Aqui, se estiverem as duas partes interessadas, podemos fazer reconhecimento de paternidade e divórcio na hora”, afirma.

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Na edição passada da Redação Móvel, que foi realizada no dia 23 de junho no Sítio Cercado, a equipe jurídica atendeu cerca de 700 pessoas. “Foi excelente, tivemos um volume muito grande. A imprensa nos ajuda muito nesse sentido, assim que é divulgado, enche de gente”, comemora Joeci.

Padre novato

Padre Alex ficou contente com a ação no bairro. Foto: Felipe Rosa

Mal assumiu a Paróquia, há 10 dias, o padre Alexsander Cordeiro Lopes foi surpreendido pela organização da Redação Móvel, que o procurou para poder realizar o evento na igreja. “Achei uma ótima oportunidade de contribuir com a comunidade. Só de ceder o espaço físico já estamos fazendo o bem”, diz ele, que é conhecido como padre Alex. No estacionamento do local, a equipe da RPC gravava o quadro “Desaparecidos”.

A igreja é a mais antiga da região, e foi responsável pelo surgimento do Bairro Alto. “As freiras da ordem Madalena Sofia chegaram aqui há 60, 70 anos, fundaram o colégio e construíram a paróquia. A partir daí, foram surgindo edificações e as coisas foram se desenvolvendo. Gosto daqui porque é populoso, grande, tem estrutura, mas ainda tem cara de bairro. As pessoas vivem em comunidade e essa união torna a vida mais bonita”, declara o dentista e militar João Sady, Godoy, 76, morador do Bairro Alto há 40 anos. “Não saio daqui por nada.”

TV digital

Ação contou com cama elástica e pintura para as crianças. Foto: Felipe Rosa

A equipe da RPC dava orientações sobre a chegada da TV Digital para quem tinha dúvidas. O engenheiro de telecomunicações da emissora, Marcel Kusunoki, explicou o que é preciso para receber o sinal: “Em uma tevê de tubo, é necessário um conversor digital externo e uma antena UHF externa. Esse conversor pode ser encontrado por R$ 150 em lojas de eletrônicos.” Já nas tevês de tela plana, que já possuem conversor embutido, basta conectar a antena externa com um cabo direto.

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