Augusta

Buraqueira

As ruas Alfredo Constantino Moro e Lodovico Kaminski, no entorno da fábrica da Volvo, no Augusta, testam a perseverança de pedestres e os amortecedores dos veículos. Não há condições mínimas de trafegabilidade para o trecho repleto de fábricas e de trânsito intenso por conta da movimentação de cargas e de pessoas que lá se instalaram devido às oportunidades de emprego.

O marceneiro Nelson Kalinoski, 58 anos, morou a vida toda no bairro e, mesmo com diversas iniciativas e protocolos registrados no 156, comenta que a região sempre foi esquecida. “Era ainda pior, porque essa calçada foi feita nos últimos meses pelos donos do terreno. De carro, o jeito é fazer ziguezague, só que, mesmo assim, as peças ficam pelo caminho”.

Resistência

O caminhoneiro Rogério Américo Valêncio, 36, que transporta peças automotivas para a Volvo, diz que o entorno da fábrica é extremamente problemático, até para veículo grandes. “Troquei o amortecedor em janeiro e já está precisando trocar novamente devido ao desgaste.
Isso daqui parece uma pista de teste de resistência para os veículos produzidos na fábrica”, ironiza.

Sem ônibus

A recepcionista Karine Pfleger Bond, 36, que mora há quatro anos na via que é o prolongamento da Rua Lodovico Kaminski, a Rua Ângelo Marqueto, não se conforma com o tamanho das crateras ao longo do caminho que precisa fazer para levar o filho no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Mário Covas. “O carro não aguenta, pois cruzo esse caminho quatro vezes por dia. O gasto com a manutenção do veículo é sempre um rombo no orçamento”.

Ela acrescenta que por lá, o ônibus não é uma opção já que eles não passam pelas ruas mais problemáticas. “São poucas linhas e ir a pé até o ponto mais próximo é para ficar coberto de lama ou pó”, arremata. Semanalmente, Karine registra protocolos no 156 pedindo uma solução, mas o único retorno que tem é a confirmação de recebimento.

Melhorias

A Urbs informou que mês passado, uma das linhas de ônibus que cruzam a região, a Vila Marqueto, teve o trajeto ampliado. Por enquanto, não há previsão de aumento de linhas. Segundo a Urbs, dois fatores interferem nessa decisão: falta de pavimentação e baixa densidade populacional na comparação com o tamanho do trajeto.

A Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) explica que as ruas citadas estão na programação de serviços de manutenção da Regional CIC. Já a pavimentação definitiva depende de inclusão na Lei de Orçamento Anual (LOA) de 2016.

Segundo a Regional CIC, todos os pedidos feitos pelo 156 são respondidos. A secretaria orienta a população a participar das consultas públicas para a coleta de sugestões para a LOA 2016, no segundo semestre.

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Magaléa Mazziotti

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