Da mesma forma que existem os aficionados por carros, os ônibus também despertam paixões, seguidores e inúmeros fãs. São os busólogos, pessoas que, por hobby, dedicam-se a estudar o veículo nos mínimos detalhes. Eles sabem tudo sobre os modelos de ônibus em circulação, nos mais diferentes períodos, entendem da mecânica, colecionam fotos e histórias do meio de transporte e ainda participam de fóruns e eventos para trocar ideias, experiência e aprofundar conhecimentos.

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Em Curitiba, um dos busólogos mais atuantes é o funcionário público Francisco José Becker, que transmitiu a paixão para toda a família.

Becker, que tem um arquivo considerável de fotos e de materiais sobre os mais diferentes tipos de ônibus em circulação, conta que a paixão surgiu ainda na infância, época em que morava próximo a uma garagem de ônibus.

A internet é um dos pontos de encontro e de troca de informações dos busólogos. Não é possível afirmar quantos desses apaixonados por ônibus existem no Brasil, mas nas redes sociais eles se agrupam em comunidades e grupos de discussão em todas as regiões do Brasil.

Becker faz questão de acompanhar todas as novidades sobre o transporte coletivo e registrar fotos de sua autoria sobre os mais diversos modelos que já circularam por Curitiba.

Raul Urban, jornalista especializado em transporte e pesquisador da memória histórica urbana, autor do livro A História do Transporte Coletivo de Curitiba (Travessa dos Editores), trabalhou por 50 anos nesse segmento e hoje faz parte do grupo que adora resgatar as lembranças do transporte coletivo de Curitiba e dos avanços que acompanhou. “Com o Interbairros 2, pela primeira vez os passageiros podiam ir de um bairro a outro sem precisar trocar de carro ou de empresa, já que havia sido instituída a integração físico-tarifária”, relembra.

De acordo com Urban, até meados dos anos 80, cada empresa operava uma fatia da cidade. Se precisasse mudar de empresa para continuar o trajeto, o usuário precisava pagar nova tarifa. “Curitiba era um expoente em transporte naquela época e ainda hoje é uma das únicas capitais brasileiras onde o usuário identifica a linha de ônibus pelo nome e não pelo número”, destaca.

*Reportagem: Daniele Blaskievicz

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