Água Verde

Colcha de retalhos

Nem a importância do primeiro imperador do Brasil, D. Pedro I, é capaz de mobilizar um cuidado maior ao asfalto da rua que carrega o mesmo nome no bairro Água Verde. Boa parte da via está toda remendada, revelando que a vida útil do asfalto já se esgotou. Mesmo assim, uma obra efetiva para o local não ocorre e as máquinas de tapa-buraco de tempos em tempos maquiam de forma frágil o problema que já virou crônico e é agravado pela circulação de duas linhas de ônibus (Abranches e Juvevê/Água Verde) e caminhões.

O professor de Educação Física Marco Rosa foi para a Europa e voltou cinco anos depois. Nesse intervalo, não percebeu nenhuma melhora efetiva na rua em frente ao condomínio onde sua família vive há mais de 20 anos. Pelo contrário, além de conviver com todos os buracos da D. Pedro I, a rua ainda passou a ser endereço da bandidagem. “Só na frente do meu prédio já foram roubados cinco carros em seis meses. O último ocorreu no domingo e pôs em risco o meu irmão que estava saindo daqui”, denuncia.

Segundo Marco, o circuito de câmeras do condomínio mostra o momento em que o irmão dele, Mailton, entra tentando se defender dos dois bandidos, um deles armado. “Eles estavam tentando levar a moto do meu irmão, quando foram flagrados e começou a confusão. Meu irmão retornou para o prédio e ficou caído entre as duas portas”, explica. “Por fim, os bandidos desistiram da moto e fugiram roubando um veículo modelo Ford K. Tudo isso aconteceu às 19 horas, com muita gente na rua”, lamenta Marco.

Outra moradora do bairro, Glaciê Pensak, reclama que as condições precárias do asfalto da D. Pedro I se repetem em outras ruas do próprio Água Verde e da cidade. “A cidade está abandonada. O povo está abandonado. É uma bagunça generalizada”, desabafa.

Procurada pela Tribuna, a Secretaria Municipal de Obras não deu uma resposta sobre a situação da Rua D. Pedro I até o fechamento desta edição.

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Magaléa Mazziotti

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