Pra lá de Marrakesh: conheça a comida do Marrocos

A Copa do Mundo tem dessas gratas surpresas. Quem aí não vibrou com a chegada da seleção marroquina à semifinal contra a França, nesta quarta, às 16h? Afinal, é a primeira vez que uma seleção africana alcança essa etapa do mundial. Isso não é sensacional? Mais sensacional que isso, na verdade, só a comida de Marrocos.

país situado no norte da África, com grande influência árabe. Tudo bem que a comida da França, o berço da alta gastronomia e sua profusão de manteiga não fica atrás. Mas, vamos combinar: quem aí resite a um bom couscous marroquino – ou cuscuz, pras bandas do Brasil.

Aliás, no nosso país, há duas derivações do prato que se tornaram ainda mais populares: o cuscuz nordestino, feito de milho e servido do café da manhã ao lanchinho da noite, e o cuscuz paulista. Esse último ganhou ingredientes como sardinha e legumes ao cruzar a divisa entre nordeste e sudeste.

Mas, o papo hoje é a comida do Marrocos e, aqui entre nós, os sabores construídos com o auxílio das especiarias vão bem além do perfumadíssimo couscous, que na versão marroquina costuma ser embebida em caldo de legumes.

Para beber direto na fonte, embarcamos no portal de turismo de Marrocos, que esmiuça a cozinha de Marrocos e explica detalhes dos pratos mais populares por lá.

A origem do prato é da tradição Amazigh e, como já falamos, é feito a partir de grãos de sêmola, derivada do trigo, que depois de hidratada, ganha a companhia de ingredientes como legumes, carnes ou frutas secas, a depender da região. Eu, particularmente, adoro uma receita de família (sim, somos descendentes de alemães, mas, amamos um couscous!) que leva cebola roxa, cenoura ralada, damasco e amêndoas.

Comida de Marrrocos

Outro prato bem popular por lá é a Harira, consumida especialmente durante o Ramadã. A base leva tomate, legumes, grão de bico, lentilhas e aletria (cabelo de anjo), com algumas variações de temperos. É uma das coisas mais reconfortante que você pode comer na vida. Eu, disruptiva que sou, cometo a heresia de colocar um bom embutido português no paranauê – para os desavisados, os mulçumanos não consomem carne de porco.

Mais heresia ainda é usar a lentilha já cozinha que compro no El Corte Inglés ou no Continente – perrengue chique de quem não tem panela de pressão no mundo nômade. Aliás, em Portugal, lentilhas, grão de bico e toda a sorte de feijões, são muito vendidos em vidro e latas. Sim, há um tiquinho de conservantes, pois o mundo não é perfeito. Mas, a praticidade, por vezes, fala mais alto.

Por fim, e não menos importante, Marrocos é célebre por seu tajine, que recebe esse nome pelo utensílio onde o prato é cozido – uma panela de cerâmica que distribui o calor e o vapor à perfeição. A base costuma sempre um tipo de carne – frango, boi ou peixe – que, misturada a legumes e especiarias e, eventualmente, frutos secos como nozes, damasco e ameixa, ganha um perfume e sabor inigualáveis.

comida de marrocos

E aí, ficou com água na boca? Então segura essa receita adaptada pelas Rech.

Couscous Marroquino

Ingredientes

250g de semolina da Paganini (não é comercial, é a que usamos mesmo)
100ml de água para hidratar (dá pra colocar caldo de carne, frango ou legumes)
1/2 cebola roxa picada
1 cenoura ralada
30g de passas (prefiro a clarinha, mas, your choice)
30 g de damasco picado
30g de amêndoas
Sal e pimenta do reino a gosto (eu incluí no meu patamar “a gosto” gengibre e páprica, mas, em geral, isso é visto como disrupção total)

Preparo

Hidrate a sêmola por mais ou menos uma horinha;
Tempere a gosto;
Misture os demais ingredientes e leve à geladeira por, pelo menos, meia hora;

Sirva e seja feliz!

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