Pelo visto de nada adiantou os esforços da ABRASEL/PR – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – seção Paraná, em pressionar o governo paranaense no sentido de reduzir a tributação incidente sobre o vinho importado no Estado do Paraná. A campanha se espalhou pelas redes sociais, contudo, no dia 14 de março, o governo negou o pedido de redução de tributação, através da Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná, aos representantes das importadoras, empresários e ABRASEL-PR.
Desde o começo de janeiro de 2016, o Paraná tornou-se o estado brasileiro no qual o vinho importado sofre a maior tributação do país, o que causou a paralização das pequenas empresas familiares e inviabilizou o comércio de vinho no Estado. Inutilmente, os empresários do Estado se reuniram e apresentaram ao governo um documento que comprova porque os aumentos causados pela alta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do valor da Substituição Tributária que, em 1 de janeiro de 2016 passou de 27,23% para 52,45%, paralisaram o setor.
Para ficar mais fácil de o leitor entender a situação, a Porto a Porto, uma das referências em importação de vinhos no PR, exemplifica os custos antes e depois de 1 de janeiro de 2016 em uma negociação entre empresas enquadradas no Simples Nacional no Paraná:
– Até 31 de dezembro de 2015, a ST incidente para a Compra de cliente enquadrado no Simples Nacional no Paraná era de 16,23%. Ou seja, um produto que custava R$100,00 chegava ao comprador por R$116,23.
– Desde o dia 1 de janeiro de 2016, a ST Incidente para a Compra de cliente enquadrado no Simples Nacional no Paraná é de 44,55%. Ou seja, um produto que custava R$100,00 chega ao comerciante por R$144,55%.
Infelizmente a realidade atual é essa, o enófilo paranaense terá de desembolsar mais pelos vinhos importados que aprecia ou rever seu padrão de consumo.
Até a próxima coluna!