Entre as maiores preocupações de uma mãe está garantir que seu filho esteja bem alimentado. Logo que nascem, os bebês contam com todas as vitaminas e nutrientes vindos do leite materno, mas aos seis meses de idade, quando a introdução alimentar deve começar – segundo orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria – é preciso oferecer novos alimentos às crianças. E é nesta hora que muitas mães ficam em dúvida, sobre o melhor jeito de dar novas comidinhas para seus filhos. Hoje, além do método tradicional que conta com as papinhas e alimentos amassados, há também o BLW.

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Método estimula a autonomia dos bebês com idades a partir dos seis meses ou que já consigam sentar sozinhos. Foto: Pixabay

BLW – da sigla em inglês que significa Baby Led Weaning ou “o desmame que o bebê lidera” – é um método criado e difundido pela consultora em saúde britânica Gill Rapley, que esteve no Brasil este mês e que em breve lança aqui a versão em português do livro “Baby-led Weaning”.

Com o BLW há uma nova abordagem, um jeito diferente de apresentar os alimentos aos bebês, estimulando a autonomia das crianças, que podem comer a quantidade que desejaram, do jeito que quiserem, desde que se alimentem sob a supervisão de um adulto e que estes alimentos sejam preparados do jeito certo, para evitar os engasgos.

Eu conheci está técnica em 2014, ao fazer uma matéria para a Tribuna. Na época ainda não tinha filhos, mas lembro de ter me encantado com esse jeito diferente e respeitoso de alimentar um bebê. Assim, logo que meu filho fez seis meses decidi que seria desta maneira que ele receberia os primeiros alimentos e que lá em casa, não teríamos papinha. E mesmo temendo um engasgo , fui em frente. E deu super certo! Com um ano e cinco meses, meu filho hoje come de tudo, sozinho. Antes só com as mãozinhas e agora já ganhando habilidade com a colher.

Do jeito certo

Cortes certos ajudam o bebê a comer de um jeito mais fácil. Foto: Pixabay
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No início, aos seis meses, quando ele já tinha firmeza para se sentar sozinho, comecei a oferecer frutas e legumes de maneira individual, cortados em palito, do tamanho do meu dedo mínimo, o “mindinho”.

Os legumes eram cozidos ao vapor e servidos sem sal. Já as frutas, nesta fase, eram as mais macias, como a banana, também cortada em pedaços que fossem fáceis para ele segurar e morder, mesmo ainda sem ter seus dentinhos.

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Fugindo das papinhas “marrons”, aquelas em que tudo é processado junto, gerando uma mistura em que é difícil identificar os ingredientes, também dava para ele grandes pedaços de carne e frango, para ele chupar e uma parte desfiada, para que pudesse comer “de verdade”.

Depois, quando ele adquiriu o movimento de pinça com seus dedos, os tamanhos mudaram, ficando menores, na medida certa para que ele pudesse pegar e mastigar.

Aprovado

Crianças podem aprender os sabores e as texturas dos alimentos com o BLW. Foto: Pixabay

Eu e meu filho nos adaptamos ao método. Ele se tornou mais independente comendo por conta própria e sempre rejeitou se alimentar com a colher, quando outra pessoa tentava lhe oferecer comida. E felizmente nunca tivemos um só engasgo!

Ao longo destes meses, cheguei a fazer um curso para aprender novas receitas com esta técnica e ainda consultei várias contas com este tema nas redes sociais, principalmente no Instragram, para aprender diferentes cortes e variar o cardápio.

Hoje, olhando pra traz, fico feliz por ter escolhido o BLW. Ele requer mais paciência e também faz mais sujeira em casa, mas certamente, permitiu que meu filho desenvolvesse um jeito mais autônomo de lidar com a comida e um paladar diversificado, que conhece e aprecia alimentos saudáveis, especialmente frutas, verduras e vegetais!