Há 2017 anos, nesta época, Jerusalém fervilhava. Não era uma data especial, mas nas ruas as pessoas estavam ansiosas, inquietas e apressadas.

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O motivo: os profetas falavam na vinda de um Messias ou de um Rei que os salvaria. A salvação era interpretada de diferentes formas: uns, do jugo romano, alguns dos dogmas religiosos e outros, da ignorância, da escuridão intelectual e da maldade que predominava.

O Messias chegou. E era especial. Pobre, sem escolaridade nem poder, sem meio de comunicação que não fosse sua voz, sem transporte adequado.

Não morou em palácios e sempre foi pobre, mas digno. Nele nunca houve vaidade. O único bem pessoal que possuiu em vida era uma túnica velha com a qual foi enterrado em uma cripta cedida pela piedade de um amigo após ser injustamente condenado e brutalmente morto.

Entretanto, esse homem simples tinha poder imenso, derivado do amor em seu coração e da sua palavra. Sozinho difundiu uma mensagem que sensibilizou metade da humanidade e atravessou 20 séculos intocada.

Mensagem de amor ao próximo, de paz, de bondade, de altruísmo e da predominância do espiritual ante o material.

Passou o tempo. Nas metrópoles o momento também é de frenesi, menor do que em anos anteriores, quando não havia crise, mas ainda de frenesi. Gente apressada, celulares ligados, correndo de um lado para outro, porém… para consumir, para comprar, para gastar em nome do Natal.

Que pena! Não entendemos a parte mais importante da mensagem. O Messias, quando partiu, tinha só sua túnica velha, sobre a qual seus torturadores jogavam cartas e com a qual foi enterrado.

Podemos sempre mudar a nossa forma de encarar a vida e de enxergar o mundo, já que dominamos nossa mente. Talvez seja o momento, quem sabe?

Desejo, sinceramente, que vocês possam ter mais amor e paz do que posses, fama e poder no próximo ano.

E que parem de correr atrás do que não vale a pena. Basta pensar no que não aguentariam perder. É aí que está nossa verdadeira vida e felicidade.

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