Se divertir com o desespero alheio não é legal

 Segundo a psicóloga Simone Steilein Nosima trata-se de um comportamento egocêntrico. As pessoas estão preocupadas apenas com a realidade delas, não em como seu comportamento pode atingir outras pessoas. Atualmente é mais importante você ter o seu registro em vídeo de algo para poder postar nas redes sociais, comentar com amigos e fazer o juízo que bem se entender, do que olhar o outro com compaixão.   

 As pessoas estão crentes de que tudo que fazem não têm consequências. Estão mais ousadas nos comentários, mais ríspidas, indelicadas, sem se preocupar com o outro. Esse egoísmo precisa ter fim. Quem disse achava brincadeira, quem ouviu tomou como literalmente o empurrão que faltava para o fim de suas dores.  

Há um desconhecimento sobre questões complexas como essas. As pessoas tratam da saúde mental de forma velada e ainda sentem vergonha de pedir ajuda. Quase ninguém mais fala sobre suas angústias, sobre ansiedade, depressão e, ainda mais, sobre suicídio.  

Não é difícil perceber o comportamento destrutivo de algumas pessoas (dos que destroem e dos que são destruídos). Cabe a nós refletir sobre nossas posturas e também orientar àqueles que amamos a não incorrer no mesmo erro dos que gritaram “pula, pula, pula” e ignoram o poder que suas palavras podem ter na vida do outro. Se alguém não riu da sua piada, talvez o sem graça seja você.