O Brasil já tem uma de suas principais reformas bem encaminhada. A da Previdência segue pro Senado com a esperança de que providenciais consertos aconteçam. Dá pra melhorar, mas os passos dados até aqui entre os deputados foram muito importantes pro futuro próximo da União e o distante da população. Mas o s desafios ainda são enormes.

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Enquanto senadores discutem os últimos ajustes previdenciários, a fila anda na Câmara. A reforma tributária tão importante quanto, já está na pauta. Há propostas de deputados e nos próximos dias pinta a oficial do governo.

Nessa salada, muita coisa se cruza, como a intenção de criar um imposto único, que reúna siglas como IPI, PIS, Cofins (federais) ICMS (estadual), e ISS (municipal). Há, também, ideia de mexer no Imposto de Renda.

Mas nenhuma das propostas resulta em diminuição da carga tributária. O que se busca é simplificação e maior justiça na divisão dessa fatura. É justamente aí que entra na vitrine uma discussão que ainda não se iniciou, mas que é fundamental se queremos, um dia, ser uma nação desenvolvida. Há que se falar em reforma administrativa!

Custo alto

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Você sabe por que nos são cobrados impostos? Pra pagar por uma estrutura que nós decidimos criar, lá atrás, pra cuidar das cidades, estados e do país. Via de regra, novos impostos são criados a fim de aumentar a arrecadação pra pagar a conta. Aí, a estratégia é clara: historicamente, quem domina a caneta prefere aumentar o faturamento do que cortar gastos. E o povo paga.

Simplificar o nosso sistema fiscal, equalizando melhor de onde se tira dinheiro, é muito importante, sem dúvida. Empresários se perdem em regras e mais picuinhas na hora de se manter em dia com as obrigações legais. Mas o ideal, mesmo, seria simplificar e baratear. Alguém tem dúvidas de que as estruturas públicas brasileiras são gordas, têm colesterol alto e são ineficientes ao extremo?

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Não dá mais pra suportar estruturas como o Congresso Nacional, que congrega quase 30 mil funcionários, sendo pouco mais da metade comissionados. Apenas seis mil são efetivos, isto é, concursados. Há outra turma de terceirizados. Pode se assustar. O número é absurdo. Por existirem sistemas assim é que não dá pra reformar reduzindo impostos.

Portanto, sigamos atentos. O caminho do desenvolvimento ainda é muito longo.