Fisioterapia aquática uma aliada no combate ao parkinsonismo

O parkinsonismo é uma das condições neurológicas mais frequentes, sem distinção de raça, classe social ou sexo, e que atinge com maior frequência pessoas com idades entre 55 e 65 anos. Para o tratamento, um programa de atividades físicas é fundamental na preservação das habilidades dos pacientes, uma vez que as alterações corporais são em grande parte resultantes da imobilidade.

Um paciente ativo sempre terá menor possibilidade de desenvolver complicações clínicas gerais em comparação aos que se acomodam, adotando hábitos sedentários. Além de agravar os sintomas da doença, a falta de movimentação leva a fraqueza e ao encurtamento muscular, aumentando a dificuldade de realizar o movimento, comprometendo os sistemas circulatório, respiratório e intestinal. A depressão e o estado mental do paciente também pioram, pois ele necessitará da ajuda de familiares para as atividades diárias causando uma sensação de dependência, o que contribui para o agravamento da doença.

A fisioterapia convencional em solo com atividades orientadas para o treino de marcha e equilíbrio em diferentes terrenos, exercícios de fortalecimento e alongamento globais para evitar fraqueza e encurtamento muscular, bem como rigidez articular é extremamente importante. Este tipo de terapia auxilia em movimentos simples que possuem certa dificuldade graças à ação da gravidade, como levantar, deitar e sentar na cama ou na cadeira. Já no tratamento de hidroterapia ou fisioterapia aquática, há redução do peso corporal, provocada pela força do empuxo.

Com isso, alguns movimentos muitas vezes impossíveis de serem realizados em solo, tornam-se mais fáceis e livres de sobrecarga. Na água, a resistência é de 600 a 800 vezes maior que no ar, ou seja, ela oferece um maior tempo de resposta motora, favorecendo o treino do equilíbrio estático e dinâmico com maior segurança e eficiência. A combinação do empuxo somado ao calor da água proporciona redução na rigidez muscular e melhora da mobilidade articular global, prevenindo retrações e contraturas por meio de um alongamento muscular melhor. A diminuição da ação da gravidade permite aos pacientes assumirem posturas eretas, favorecendo a reeducação postural.

Além disso, o meio líquido proporciona melhora na expansão torácica por meio de exercícios respiratórios contra a pressão hidrostática. A hidroterapia amplia significativamente as possibilidades de movimento, vencendo dificuldades, reconstruindo uma imagem corporal positiva e aumentando a autoestima. As terapias em solo e água se complementam, tornando o tratamento de reabilitação mais efetivo. É fundamental que os portadores de parkinsonismo sejam submetidos a um programa de tratamento específico que estimule a realização de movimentos, visando principalmente uma melhor qualidade de vida.