Crítica

“Convenção das Bruxas” aposta em novo visual e final para fisgar o público do clássico

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Cena do filme "Convenção das Bruxas". Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Quem foi criança nos anos 90 e 2000 deve ter morrido de medo com o filme “Convenção das Bruxas”. Um clássico da Sessão da Tarde, o filme de mistério infantil foi lançado em 1990 e, depois de 30 anos, ganhou uma nova versão que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (19).

A nova adaptação conta com o mesmo diretor de “Os Fantasmas de Scrooge” e “O Expresso Polar”, Robert Zemeckis, e é estrelado por Anne Hathaway (Oito Mulheres e Um Segredo), interpretando a malvada e superiora Bruxa; e Octavia Spencer (Ma) no papel da corajosa avó.

Cena do filme "Convenção das Bruxas". Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures
Cena do filme “Convenção das Bruxas”. Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Pra quem não se lembra “Convenção das Bruxas” conta a história de um garoto de sete anos que, após perder os pais em um grave acidente, acaba morando com sua avó. Sua vida muda ao descobrir que um clã de bruxas está prestes a enfeitiçar todas as crianças do mundo.

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Divertido e emocionante. O novo “Convenção das Bruxas” procura se desvincular a imagem do clássico mantendo a história. O diretor Zemeckis utiliza da boa equipe de efeitos visuais e trabalha nas cenas de ações, visual das bruxas buscando o assombroso com elegância e requinte. Anne se destaca por quebrar paradigmas e se desafia no papel de uma terrível e medonha vilã. Já Octavia nos entrega uma avó protetora, doce e destemida.

No entanto, quem já conhece o longa de 1990 pode se decepcionar. Mesmo com uma tecnologia que nos dias hoje chega a serem grotescas, bizarras e amadoras. A criatividade parece ser a inspiração e a causa do terror que deve ter feito muitas crianças ficarem dias sem dormir. A caracterização das bruxas, o feitiço jogado nas crianças e todo universo era mágico e por sua vez nostálgico.

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Cena do filme “Convenção das Bruxas” de 1990. Foto: Divulgação

Mesmo assim, esta nova versão acredito que pode ter o mesmo efeito medonho para as crianças de hoje.

Um ponto que impressiona nesta adaptação é o roteiro de Robert Zemeckis, há uma lição de moral no final da trama diferente da versão dos anos 90. O autor consegue conduzir bem a história e faz o filme de pouco mais de 100 minutos passar rápido. Com a ajuda do diretor, as cenas são ágeis e carrega momentos de tensões, emoção, suspense e terror de forma equilibrada.

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O grande problema de um remake é por sempre ser comparado sempre com a obra anterior. De fato, é um vício que todos acabam levando em conta na hora de avaliar o filme. Se for para avaliar o longa como se a história fosse nova, é um bom filme. Agora se for para escolher qual é a melhor versão, sem dúvidas o longa dos 1990.

Avaliação: ⭐⭐⭐
Pra quem curte: Mistério, Aventura
Pra assistir com: Família
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