Cachorro com mau hálito? Escove os dentes do seu amigão!

Escovação regular evite vários problemas bucais para os pets. Foto: Divulgação/Virbac

Quem tem cachorro sabe que os bichos também estão sujeitos a ter mau hálito e outros problemas bucais. Se os humanos, que escovam os dentes várias vezes ao dia também são vítimas das cáries, tártaro e do “do bafo de onça”, imaginem os pets, que na maioria das vezes, nunca viram uma escova na vida. Por isso, veterinários alertam para os cuidados que preservam a saúde dental dos bichos, fazendo com que eles tenham qualidade de vida e dentes saudáveis, para que possam se alimentar bem até mesmo na velhice.

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Segundo a Sociedade Americana de Odontologia Veterinária, cerca de 80% dos pets precisam de tratamentos dentários após os quatro anos de idade. E cuidar da higiene bucal de cães e gatos desde pequenos é a principal medida de prevenção a problemas mais graves no futuro, sendo a escovação a questão mais importante.

De acordo com o veterinário da empresa de saúde animal Virbac Ricardo Cabral, a escovação dos pets deveria ser diária. Porém, por ser difícil manipular a escova na boca dos animais, uma vez por semana já é um bom começo. “Assim como na nossa boca, as bactérias presentes na boca dos cães e gatos podem se multiplicar e se organizar em um biofilme se não forem removidas. A escovação dos dentes é capaz de romper essa organização e retirar essas bactérias causadoras da placa. Além disso, o creme dental pode também conter substâncias abrasivas que auxiliam nessa remoção”, explica.

Como escovar?

Petiscos são opção para ajudar na limpeza dos dentes entre as escovações. Foto: Pixabay
Petiscos são opção para ajudar na limpeza dos dentes entre as escovações. Foto: Pixabay

Em petshops é possível encontrar escovas de dente específicas para cães e gatos, com cerdas anatômicas e cabo mais alongado. Outra alternativa é utilizar dedeiras de silicone ou gaze e, com os dedos, limpar toda a superfície bucal dos animais.

Já a pasta dental tem que ser a de uso veterinário, pois os cremes dentais humanos são ricos em flúor e sabões que se engolidos pelos animais, podem provocar problemas de saúde.

Outra dica é oferecer ao pet petiscos que ajudam a limpar os dentes.  Mas de acordo com Cabral, é preciso ficar atento ao tipo de produto utilizado, buscando sempre petiscos resistentes, em formatos específicos, com uma abrasividade que ajude na remoção da placa bacteriana e que não seja muito calórico. Para ele, os melhores são os origem 100% vegetal, em formato anatômico e com enzimas, que ajudam na higiene bucal.

Problemas mais comuns

Adoção responsável: Esta linda filhote tem quatro meses e porte médio. Já vermifugada, ela recebeu a segunda dose da vacina e está pronta pra ir para a sua nova casa. Para adotar esta "bebê" ou sua irmãzinha, fale com a Letícia Suchevicz (41) 9 9846-5615. Foto: Divulgação
Adoção responsável: Esta linda filhote tem quatro meses e porte médio. Já vermifugada, ela recebeu a segunda dose da vacina e está pronta pra ir para a sua nova casa. Para adotar ela ou sua irmãzinha, fale com a Letícia Suchevicz (41) 9 9846-5615. Foto: Divulgação

Ainda segundo o veterinário, o problema bucal mais comum em cães e gatos é a doença periodontal, uma espécie de inflamação em todas as estruturas de sustentação do dente, secundária ao crescimento bacteriano excessivo.

“A doença possui diferentes níveis. Inicialmente pode causar leve inflamação da gengiva e acúmulo de cálculos dentais, o chamado tártaro. Se não tratada, pode evoluir para gengivite grave, reabsorção do osso alveolar e perda de dentes. O acúmulo de bactérias pode cair na corrente sanguínea e levar a alterações sistêmicas”, alerta Cabral.

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Para tratar o problema, o ideal é fazer a limpeza desses cálculos dentais com o animal sob anestesia geral. “Não é um procedimento simples e, por isso, a prevenção com escovação é tão importante.”

Já a halitose, ou mau hálito, é uma consequência do crescimento de bactérias que causam mau cheiro. Nestes casos, a estratégia é o uso de xilitol, um tipo de açúcar que misturado com a água que o pet consome, controla o crescimento destas bactérias. Porém, a medida é paliativa, exigindo a adoção de uma rotina de higiene oral mais completa.

Além das bactérias, outras causas da halitose são alterações gástricas e endócrinas. “Por isso, ao persistir o problema, é fundamental procurar a avaliação de um médico veterinário”, orienta Cabral.

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