Eu sempre quis ser mãe. Sempre quis viver toda essa loucura que estamos vivendo, às vezes, eu sinto como se as crianças já existissem na minha vida muito antes daquele teste com os dois risquinhos indicando um resultado positivo pra gravidez.
Outro dia, uma amiga do trabalho contou em uma reunião, como ela chegou ao mundo da tecnologia. Ela começou dizendo: “quando eu era criança e as pessoas perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, eu dizia que queria ser mãe”. Aquilo me tocou lá no fundo, porque poderia facilmente ser a minha resposta — se quando criança eu não fosse tão encantada pela medicina e dissesse que queria ser médica.
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Mesmo querendo ser mãe desde… sempre, ainda assim eu me sinto despreparada o tempo todo. Porque a maternidade é um universo muito além do que a gente consegue imaginar.
Eu sabia que seria cansativo, que as crianças tomariam a maior parte do nosso tempo, energia e dinheiro. Mas também sabia que conheceria um amor inimaginável. Sabia disso muito antes dos dois risquinhos azuis do teste, eu só não podia ter ideia do que significava, de verdade.
É um amor e uma felicidade que nada no mundo explica. E um cansaço que também não se compara a nenhum outro. Nem mesmo àquela época de trabalhar de segunda a sábado com metas absurdas, ir pra aula todas as noites, sair de casa às seis e meia e voltar perto da meia-noite e fazendo milagres com o salário menor que as contas. Olhando pra trás, vejo que essa foi a parte fácil da vida.
Ser pai não é ter superpoder: é ter superpresença todos os dias!
A parte séria mesmo começou quando eu decidi parar de fumar pra ser mãe, parar de beber e perder peso. Tudo mudou a partir daí. Parei de agir por mim e comecei a agir por nós. Já era eu, mãe, pensando nas crianças que só existiam na minha cabeça.
Logo que engravidei, a maternidade deu na minha cara. Muitas das coisas que eu dizia que jamais faria, começaram a acontecer naturalmente. Eu nunca chorei tanto na minha vida. É um chororô pra todo lado por aqui – uma fofurinha das crianças e um monte de lágrimas nos olhos dos pais. As coisas ganham um significado diferente quando são os nossos filhos.
Depois que virei mãe, nunca mais fui a mesma – ainda bem
Lembro de trocar a fralda da filha de uma amiga e pensar: “meu Deus, que horror ter que fazer isso o dia inteiro!”. Hoje, quando vou trocar as fraldas dos meus filhos e eles não estão chorando ou se contorcendo loucamente, é um momento tão gostoso. A gente beija um umbiguinho, faz uma cosquinha, arranca umas risadinhas e sai cheio de ocitocina, ainda mais apaixonada por aquela criança.
Registrando lembranças
Das coisas que eu nunca imaginei que amaria fazer, tem uma que me encanta de um jeito especial: tirar fotos. Eu nunca tinha feito um ensaio fotográfico na vida, achava que nem saberia o que fazer. Mas os dois risquinhos azuis vieram e, com eles, a necessidade de registrar tudo.
Fico imaginando que um dia eu não estarei mais aqui, mas todas essas fotos e vídeos vão continuar. E talvez, depois de grandes, eles olhem pra esses registros e sintam o coração quentinho — por enxergar ali o amor que sempre tivemos por eles.
Rolêzinho de família #3: Brunch com filhos? É possível (e pode ser incrível)
Do parto e primeiros anos do Bê e da Laura, a Evelen Torrens nos acompanhou com o maior carinho do mundo. Ano passado, ganhamos um presente lindo da fotógrafa e amiga @izecavalheiro: um ensaio da nossa família no Natal.
Eu estava morrendo de medo de dar tudo errado, de voltar pra casa com um monte de fotos das crianças chorando e olhando cada uma pra um lado. Mas cheguei com as memórias mais lindas do nosso primeiro Natal em família.
Esse ano, em outubro, a gente já estava fazendo planos e escolhendo as roupas pra repetir o ensaio – que mais uma vez ficou maravilhoso.
Acho que ter filhos é isso: ressignificar tudo o que a gente achava que sabia. É derrubar preconceitos, rever julgamentos e aprender, todos os dias, que amor mesmo é verbo no plural.
>>> Vacinar é um gesto de amor que a gente quase esquece
Obrigada Ize por ter tanto carinho e paciência com a nossa família e também por registrar todas essas memórias e amor. Lá na frente, são as suas fotos que meus filhos vão mostrar pros filhos deles.
Se você também quer eternizar os momentos mais lindos da sua família, fala com a Ize Cavalheiro pelo Instagram ou manda mensagem pra ela (41) 9 9949-9630
