Conquistar um carro com placa preta é uma sensação inexplicável. A maioria dos proprietários descrevem a aquisição desta forma, já que representa originalidade, paixão e muito carinho com o veículo. Aqui em Curitiba, temos quase 3.500 carros nessas condições, conforme o levantamento feito em maio de 2018 pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran). Em uma pequena lista de carros feita pelo órgão a pedido do Garage Club, o Volkswagen Fusca, de origem alemã e conhecido como o carro mais vendido no mundo, aparece como o veículo que mais tem placa preta na capital, com 477 unidades. Na sequência temos o Ford Galaxie Landau e o Chevrolet Opala, que aparecem na lista com menos de 100 unidades.

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Lista feita com dados divulgados pelo Detran Paraná em maio de 2018. – Arquivo Garage Club

Além dos cinco carros mencionados pelo Detran, o Garage Club apurou que outros três veículos aparecem no 6º lugar da lista praticamente empatados, com cerca de 40 unidades. São eles: Ford Rural Willis, Volkswagen Kombi e Corcel. 

Querer é poder?

Os requisitos básicos para obter a placa é ter um veículo fabricado há mais de 30 anos, mais de 80% de originalidade e em perfeito estado. Se você sonha com um carro placa preta e ainda não sabe como funciona, saiba que você irá gastar, mesmo se o carro estiver impecável, isso porque cada alteração feita no documento é paga. O procedimento custa em torno de R$1200 aqui em Curitiba e nesse valor temos a vistoria, cadastro em um clube associado à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), alteração do Certificado de Registro de Veículos (CRV) para veículo de coleção e confecção das placas pretas dianteira e traseira. Desembolsando essa quantia, é possível fazer todas as alterações.

Mas como é o processo? Primeiro você precisa escolher um clube de carros, que irá verificar se o veículo enquadra no padrão placa preta. Depois disso, se aprovado, esse clube será responsável pela emissão de toda a documentação que você terá que apresentar quando for ao Detran, para fazer a vistoria que o órgão exige. Quando o novo documento ficar pronto, basta partir para um despachante, apresentá-lo e solicitar a confecção da placa preta. Vale lembrar que é bom pesquisar, já que alguns clubes cobram mais e outros menos.

E as placas “Padrão Mercosul”?

Placas padrão Mercosul – Arquivo Garage Club

As novas placas do padrão Mercosul geraram muita polêmica, principalmente para quem é colecionador de carros antigos. A boa novidade é que elas só serão obrigatórias em carros novos e a partir de 1º de dezembro deste ano. Ela também será exigida em situações que envolvem transferência de município ou de proprietário, ou em situações que exigem a troca de placas.

Para você que está pensando que não poderá curtir a placa preta, fique tranquilo! Não há mais obrigatoriedade na troca de placas para veículos em circulação, a resolução anterior dava o prazo até 2023, mas foi modificada em maio de 2018. Isso significa que um veículo já emplacado pode circular com o modelo atual até o fim da vida, se permanecer no mesmo município e com o mesmo dono. A justificativa para a troca da placa é um chip e um código do tipo QR Code que existirão no novo modelo. Esses dois mecanismos prometem facilitar a identificação de veículos roubados ou clonados nos países do Mercosul.

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