O horário das 18h tem registado excelentes índices de audiência para a Globo. Os ingredientes básicos para esse sucesso são basicamente um bom elenco, temas leves para agradar toda a família, tramas de época e baseados na literatura.

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No caso de Orgulho e Paixão, atual ocupante da faixa de horário, não é baseada apenas em um, mas em quatro livros dos séculos 18 e 19, todos escritos pela inglesa Jane Austen.

Dirigida por Marcos Bernstein, a novela traz os atores Nathalia Dill e Thiago Lacerda como os personagens Elisabeta e Darcy, casal protagonista da trama, que se passa no início do século 20, no Vale do Café, em São Paulo.

Trama de Cecília (Anaju Dorigon) e Rômulo (Marcos Pitombo), por sua vez, foi inspirada no livro ‘A Abadia de Northanger’. Foto: Divulgação/TV Globo

Orgulho e Preconceito (1813), que tem como protagonistas a Elizabeth e o Darcy originais, é uma das obras de Jane que inspirou o autor. Outro título é Lady Susan. O texto, original de 1794, foi a fonte de inspiração de Bernstein para criar Suzana, vilã interpretada por Alessandra Negrini.

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As outras duas obras são Razão e Sensibilidade (1811) e A Abadia de Northanger (1818), que apresenta uma trama de suspense e que serviu como base para a história de Cecília (Anaju Dorigon) na casa Almirante Tibúrcio (Oscar Magrini), pai de seu marido Rômulo (Marcos Pitombo).

O sucesso da trama, e das anteriores do mesmo horário, tem modificado até a forma de a Globo selecionar seus elencos. Até o início dos anos 2000, fazer novela das 18h era como ser rebaixado de divisão na carreira. Figurões e atores consagrados dificilmente eram escalados no horário. O grande objetivo de vida era a novela das oito (atual novela das 21h).

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Apesar do crescimento em audiência e importância, ao longo da história da Globo, as novelas das seis sempre tiveram as mesmas características – revisitam fatos históricos e trazem a literatura para a telinha. A faixa de horário estreou no final dos anos de 1970 e nunca esteve tão badalada quanto agora. Uma explicação para isso pode ser que as pessoas estão cansadas de violência e dos temas atuais, tão explorados no horário nobre.

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