Se remédio para emagrecer funcionasse sozinho, não existiria pessoa acima do peso tomando remédio. Mas o que vemos na prática? Gente que emagrece rápido com essas “soluções milagrosas”, mas logo depois engorda tudo de novo — e às vezes o dobro.
O Brasil vive hoje uma corrida por medicamentos que prometem perda de peso rápida. Porém, antes de transformar a canetinha da moda em aliada, é preciso entender o que realmente está por trás delas.
Ozempic – o remédio para diabetes que virou febre no Instagram
Originalmente indicado para diabetes tipo 2, ele aumenta a liberação de insulina, retarda o esvaziamento do estômago e aumenta a sensação de saciedade. Resultado? A pessoa passa a comer menos, sem tanta fome.
Seus efeitos colaterais mais comuns são náuseas, vômitos e diarreia. Há também risco de pancreatite em casos específicos.
Wegovy – “o Ozempic do emagrecimento”
Também é semaglutida, mas desenvolvido especificamente para obesidade. Em estudos clínicos, mostrou resultados relevantes quando associado à dieta e exercícios físicos.
O problema? Os mesmos efeitos gastrointestinais do Ozempic e a recidiva do peso quando o tratamento é suspenso — algo que vemos frequentemente na prática clínica.
Saxenda – liraglutida na dose para emagrecer
Primeiro surgiu como tratamento para diabetes, depois ganhou dosagem específica para obesidade. Emagrece ao imitar o hormônio GLP-1, que reduz fome e melhora a resposta à insulina.
Os efeitos indesejáveis mais comuns envolvem o sistema digestivo, e o risco de pancreatite também está descrito em estudos.
Mounjaro – o remédio “duplo” da nova geração
O queridinho do momento. Criado inicialmente para diabetes tipo 2, ele une duas ações hormonais (GLP-1 + GIP), reduzindo apetite de forma agressiva e proporcionando grandes perdas de peso.
Mas também apresenta efeitos gastrointestinais fortes, e estudos apontam abandono do tratamento por causa desses sintomas. Há ainda risco de recuperar o peso após interrupção — algo que ninguém menciona nos anúncios.
A verdade que não cabe no rótulo é que esses medicamentos não foram criados para resolver:
• Sedentarismo
• Metabolismo lento
• Ansiedade
• Sono ruim
• Excesso de estresse
• Falta de disciplina
Eles não constroem massa muscular, não reeducam comportamentos e não garantem manutenção do resultado. Servem como apoio em casos específicos — não como atalho.
Remédios podem ajudar. Porém, sem mudança na rotina, a pessoa emagrece na balança, mas continua metabolicamente fraca. E o corpo fraco cobra a conta.
O caminho sustentável e que realmente funciona é:
• Aumentar massa muscular
• Treinar com regularidade
• Comer bem com constância
• Dormir melhor
• Reduzir estresse e cortisol
• Ajustar os hormônios naturalmente
O foco não é “perder peso”.
É construir um corpo que naturalmente se mantém magro. Aumentando e equilibrando naturalmente a produção hormonal e acelerando o metabolismo.
O remédio pode até ser um passageiro nessa viagem, mas quem dirige… é você.
Precisando de ajuda me chama no instagram @zanonmacedo.
